Greenvolt inaugurou a sua primeira Comunidade de Energia Inclusiva em Cascais

A Greenvolt e a Santa Casa da Misericórdia de Cascais inauguraram a primeira Comunidade de Energia Inclusiva da empresa, depois da associação “acreditar no conceito”: “assegurar às instituições sociais menos gastos na eletricidade, alocando as poupanças resultantes à ação social para os mais necessitados e, em simultâneo, permitir que parte da energia não consumida seja partilhada com pessoas em situação de pobreza energética, promovendo uma redução das suas faturas de energia”, começa por explicar a empresa.

Depois da crise financeira e energética vivida em 2022, surgiu o “estímulo” para que a empresa “procurasse expandir os benefícios do seu modelo de Comunidades de Energia”.

“Temos como objetivo que 250 mil pessoas possam beneficiar deste Programa de Comunidades Inclusivas até ao final desta década”

Esta nova comunidade fica no Infantário da Bicesse, em Cascais, e a sua inauguração na última semana, 2 de maio, contou com a presença de todos os membros da Greenvolt, da Santa Casa da Misericórdia de Cascais, da Câmara Municipal e das famílias carenciadas: “este espírito de entreajuda foi transversal aos parceiros e autoridades responsáveis, em que todos se uniram para entregar energia limpa e mais barata”.

E como funciona esta Comunidade de Energia inclusiva? “Ao aderirem a uma Comunidade Inclusiva, como membro produtor, as instituições sociais passam a pagar menos pelos seus consumos energéticos, podendo reforçar esse recurso na sua missão: apoiar quem mais precisa. Depois, percebemos que estas instituições estão frequentemente inseridas no seio de comunidades que incluem agregados familiares carenciados, por isso, trabalhámos em conjunto no sentido de conseguirem selecionar agregados carenciados com quem vão partilhar parte da sua energia”.

A Greenvolt Comunidades considera que “esta é uma forma de dar o seu contributo para a sociedade”, ajudando IPSS, Misericórdias, Cooperativas culturais, institutos, fundações e associações, pois acredita que “a transição energética tem de acontecer, mas tem de ser inclusiva”.

Assim, com esta primeira Comunidade Inclusiva em Cascais, dez famílias carenciadas terão acesso a energia limpa e mais em conta, mas o número total de famílias que poderão ser beneficiadas por este programa poderá ser de 15. Cada família poderá conseguir uma poupança média anual de 100 euros na fatura de energia.

“Oferecemos de forma gratuita o custo de desenvolvimento das comunidades de energia, serviço consultoria e uma redução de até 50% dos custos de dinamização das comunidades de energia e os custos de gestão da comunidade de energia”

“O principal desafio é sobretudo o processo administrativo de autorização e registo de comunidades de energia e autoconsumo coletivo. Sabemos que esta é uma realidade nova e acreditamos que vai melhorar à medida que todos intervenientes ganham mais experiência com este modelo”, afirma a empresa responsável.

Para o futuro, a Greenvolt garante que já existem vários projetos em desenvolvimento, em diferentes partes do país: “esperemos que o sucesso deste primeiro projeto sirva de exemplo para que mais rapidamente possamos, juntamente com as instituições, avançar para a fase seguinte, permitindo que a breve prazo mais famílias carenciadas possam passar a beneficiar de energia renovável e mais barata”.

Por: redação Ambiente Magazine