Grupo DHL quer reduzir emissões anuais de CO2 para menos de 29 milhões de toneladas métricas até 2030

O Grupo Deutsche Post DHL está a acelerar o ritmo da descarbonização planeada da empresa. Para tal, o Grupo irá investir um total de 7 mil milhões de euros (Opex e Capex), nos próximos dez anos, em medidas para reduzir as suas emissões de CO2, anuncia em comunicado.

De acordo com o grupo, os fundos irão ser aplicados, em particular, para os “combustíveis alternativos da aviação, para a expansão da frota de veículos elétricos com emissões zero e para edifícios neutros do ponto de vista climático”. A caminho do seu objectivo de emissões zero até 2050, que já está em vigor há quatro anos, a empresa está a comprometer-se com “novos e ambiciosos” objetivos intermédios. Por exemplo,  “compromete-se, como parte da aclamada iniciativa ‘Science Based Target’ (SBTi), a reduzir as suas emissões de gases com efeito de estufa até 2030, em conformidade com o Acordo de Paris”, refere o comunicado. As metas climáticas fazem parte do “novo plano de sustentabilidade”, no qual a empresa “estabelece os seus objectivos ESG para os próximos anos”. Para além do seu compromisso com o ambiente, o Grupo define também objetivos e medidas claras nas áreas da responsabilidade social e organização.

“Enquanto a maior empresa de logística do mundo, é nossa responsabilidade liderar o caminho e orientar a indústria logística para um futuro sustentável. Estamos a fazer do nosso Grupo uma empresa verde e a dar uma contribuição importante para o nosso planeta e para a sociedade”, afirmou Frank Appel, CEO do Grupo Deutsche Post DHL.

O compromisso com a sustentabilidade é parte integrante da cultura empresarial do Grupo DHL. Desde 2008, que tem objetivos de “sustentabilidade ambiciosos”, por exemplo no que diz respeito à “redução de CO2”, lê-se no mesmo comunicado. Em 2017,  tornou-se a “primeira empresa de logística do mundo a Deutsche Post DHL The Mail & Logistics Group 3/5 estabelecer um objetivo de redução a zero das suas emissões de gases com efeito de estufa até 2050”. Para tal, o grupo oferece “numerosas soluções inovadoras para tornar as cadeias de abastecimento mais sustentáveis e para ajudar os seus clientes a atingir os seus objetivos ambientais”, precisa o comunicado. Com a “Estratégia 2025” introduzida em 2019, a sustentabilidade tornou-se uma “componente-chave” da estratégia empresarial.

De acordo com Frank Appel, “a Covid-19 reforçou mais uma vez as principais tendências do nosso tempo: globalização, digitalização, comércio eletrónico e sustentabilidade – os quatro motores da nossa ‘Estratégia 2025’. Entre estes temas, a sustentabilidade é o desafio mais urgente. Com o nosso plano de sustentabilidade, estamos a intensificar os nossos esforços e a promover explicitamente os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas”.

Meio ambiente: investimento em combustíveis alternativos, mobilidade elétrica e edifícios neutros

Na luta contra as alterações climáticas, o Grupo DHL está empenhado em cumprir objetivos ambiciosos de redução de CO2, como parte da iniciativa SBTi. O Grupo estima que as suas emissões estariam próximas de “46 milhões de toneladas em 2030” sem as medidas do novo plano de sustentabilidade. Em 2020, “as emissões rondaram as 33 milhões de toneladas métricas”, refere o grupo. Hoje, “a empresa está empenhada em reduzir as emissões anuais de CO2 do Grupo para menos de 29 milhões de toneladas métricas até 2030, apesar do forte crescimento contínuo previsto nas atividades logísticas globais”, lê-se no comunicado.

Para o conseguir, vai investir cerca de 7 mil milhões de euros (Opex e Capex) em soluções logísticas neutras para o clima até 2030. Os custos incorridos até 2023 já foram englobados no plano de investimento, o qual foi comunicado a 9 de março. Para distâncias curtas e entregas ao consumidor, o grupo continua a impulsionar a eletrificação de sua frota de veículos. Até 2030, “60% dos veículos de entrega ao consumidor serão movidos a eletricidade, pelo que haverá mais de 80 mil veículos elétricos na estrada. Em 2020, esse número era de apenas 18%”, refere.

Em rotas mais longas, especialmente no transporte aéreo, a propulsão elétrica não é uma alternativa para o futuro próximo. É por isso que o Grupo DHL está a impulsionar o desenvolvimento e utilização de combustíveis produzidos a partir de energias renováveis: “até 2030, pelo menos 30% das necessidades de combustível para a aviação serão cobertas por combustíveis sustentáveis”. Além disso, está a investir em imóveis amigos do ambiente (escritórios, centros de correio e encomendas e armazéns logísticos): “todos os novos edifícios em construção serão neutros do ponto de vista climático”, assegura.

“As alternativas limpas e sustentáveis de combustível são essenciais para uma logística neutra, do ponto de vista climático, num mundo globalizado. No transporte aéreo, em particular, poderiam ajudar a reduzir as emissões de CO2. É por isso que vamos participar ainda mais intensamente em iniciativas, reforçar o intercâmbio entre indústrias e desenvolver uma estratégia e normas globais. Uma coisa é certa: só unindo forças, em todos os países e sectores, conseguiremos um progresso verdadeiramente sustentável em todas as áreas”, salientou Frank Appel.