Hardlevel instala 257 oleões inteligentes nos 19 municípios da região do Planalto Beirão

Em parceria com a Associação de Municípios da Região do Planalto Beirão (AMRPB), a Hardlevel – Energias Renováveis, líder em Portugal na gestão e pré-tratamento de Óleos Alimentares Usados (OAU) e um dos principais players europeus do setor, está a proceder à instalação de um total de 257 oleões inteligentes nos 19 municípios que compõem a região do Planalto Beirão. Até ao momento foram já instalados mais de 120 oleões, numa “operação” que ficará concluída durante a primeira quinzena do próximo mês de setembro e cujo valor do investimento, para a Hardlevel, ascende aos 200 mil euros.

A instalação destes equipamentos vai servir uma população de cerca de 345 mil habitantes, abrangendo os residentes nos municípios de Aguiar da Beira, Carregal do Sal, Castro Daire, Gouveia, Mangualde, Mortágua, Nelas, Oliveira de Frades, Oliveira do Hospital, Penalva do Castelo, Santa Comba Dão, São Pedro do Sul, Sátão, Seia, Tábua, Tondela, Vila Nova de Paiva, Viseu e Vouzela.

“Estes 257 oleões inteligentes serão incluídos na Rede Nacional de Oleões, que criámos em 2017 e é a primeira rede organizada de recolha de Óleos Alimentares Usados em Portugal, contando atualmente com mais de 1.500 oleões contratualizados por todo o país, distribuídos por 55 municípios, retalhistas e superfícies comerciais da Sonae e Intermarché, e postos de abastecimento de combustível”, refere Salim Karmali, administrador da Hardlevel.

Para Mário de Almeida Loureiro, presidente do Conselho Executivo da AMRPB, entidade gestora de resíduos sólidos urbanos, “este projeto pretende criar uma alternativa ambientalmente adequada para a deposição destes resíduos produzidos por produtores domésticos”, destacando tratar-se de uma iniciativa que permite “não só dar cumprimento à legislação em vigor no que respeita à gestão de óleos alimentares usados, mas também evitar que estes sejam erradamente depositados no esgoto urbano, afetando o normal funcionamento das ETAR municipais, gerando custos extraordinários para os municípios”.

Equipados com sonar e com dispositivos IoT (Internet of Things), estes oleões inteligentes, designados por Smart S+, permitem a rastreabilização dos depósitos de forma individual e/ou por agregado familiar. Em simultâneo, os munícipes, por via de uma App, poderão aceder no telemóvel ou no computador à localização dos oleões, à capacidade disponível dos mesmos em tempo real, bem como à contabilização dos depósitos e aos greenpoints que têm acumulados, que poderão ser trocados por prémios.

“Os municípios podem também utilizar esta tecnologia como ferramenta de sensibilização e incentivo, recompensando os cidadãos que promovam o correto encaminhamento dos óleos alimentares usados, através da implementação de campanhas e sorteios que atribuam prémios como trotinetes elétricas, bilhetes para o teatro, museus ou concertos”, exemplifica Salim Karmali.

Até ao final deste ano, a Hardlevel tem prevista a expansão da Rede Nacional de Oleões para mais duas dezenas de municípios, tendo já assegurado a instalação de oleões inteligentes em Almada, Alenquer, Sertã, Olhão, Baião, Sernancelhe e Idanha-A-Nova.

“Até 2023, através dos protocolos e parcerias que estamos a estabelecer com municípios, retalhistas de superfícies comerciais, postos de abastecimento de combustível e outras entidades que pretendam associar-se ao Projeto Carbono Negativo, no sentido de contribuírem para a redução das emissões de CO2, a Rede Nacional de Oleões contará com mais de 5.000 oleões Smart S+”, adianta Salim Karmali.

A empresa, que está também a concluir o plano de entrada no mercado espanhol, previsto para o último trimestre de 2020, anunciou no passado mês de junho a abertura do capital, com vista a uma expansão da atividade que permita escalar o modelo de negócio a nível mundial, apontando a um volume de negócios que excederá os 100 milhões de euros em 2021 (58 milhões em 2019).

Com a abertura do capital da empresa, cujo modelo de negócio permitiu, até à data, a poupança na emissão de mais de um milhão de toneladas de CO2, a Hardlevel pretende apoiar e desenvolver a consolidação setorial, numa lógica de aquisição de empresas que operam noutros países, bem como potenciar o investimento na instalação, já no próximo ano, de uma “biorefinaria do futuro” com capacidade de processamento de 50 mil toneladas/ano, em Setúbal, que irá produzir biodiesel através do processamento de outro tipo de matérias-primas menos nobres, tais como óleos e gorduras provenientes de lamas de depuração de ETAR’s, efluentes das extratoras e refinarias de óleos virgens, óleo de cachos e cascas de frutos, entre outros.

Com capital 100% português, a Hardlevel foi fundada em 2006, em Vila Nova de Gaia, através de um incentivo a fundo perdido de 39 mil Euros no âmbito de um programa de apoio ao empreendedorismo do IEFP Português, sendo detida na totalidade pelos irmãos de ascendência indiana Karim e Salim Karmali.