O Centro PINUS acaba de divulgar um relatório em que estima que os prejuízos económicos dos incêndios de 2024 para os proprietários de pinhal-bravo terão ascendido a 34,2 milhões de euros.
Começando pelos factos positivos da análise efetuada, não se está a verificar perturbação do equilíbrio entre a oferta e a procura de madeira de pinho e, a informação reunida não faz prever que tal venha a acontecer, como consequência dos incêndios de 2024.
Atendendo a este facto, o Centro PINUS considera que os incêndios do último ano não irão, de forma isolada, contribuir diretamente para reduzir o preço da madeira de pinho pago pela indústria.
A entidade estimou que o proprietário de um pinhal-bravo com idade inferior a 30 anos deveria ter um apoio de 2.800 euros por hectare para compensar o prejuízo sofrido pelo corte prematuro do pinhal. No entanto, ao contrário de agricultores, apicultores, e outros lesados pelos incêndios de 2024, o Governo não previu qualquer ajuda aos proprietários florestais pelas perdas que tiveram.
Adicionalmente à perda total ou parcial do seu património, alguns dos proprietários terão de investir em rearborização, uma vez que poderá não existir semente suficiente em cerca de um quarto da área ardida em 2024. O Centro PINUS estimou que será necessário investir 44 milhões de euros para manter as funções da área de pinhal-bravo afetada por incêndios em 2024, através de ações de rearborização e gestão da regeneração natural.
O relatório dá ainda conta que arderam no ano passado 23.152 hectares de área de pinheiro-bravo e que a área perdida de pinhal corresponde a 5.997 hectares. O volume mercantil presente na área ardida foi 1,8 milhões de m3.