Licenças de software e carregamento de ficheiros na nuvem entre principais emissores de CO2 nas empresas

Os bens e serviços, ativos de capital, viagens, consumo de energia e as atividades diárias como o envio de e-mails e os resíduos são os principais emissores de gases com efeito de estufa numa empresa digital com cerca de mil funcionários, emitindo mais de 4.980 tCO2e.

Estes resultados foram produzidos pela consultora ambiental da Selectra, a Climate Consulting, que realizou um estudo da pegada de carbono onde avalia o impacto carbónico gerado por todas as atividades de uma empresa, a fim de detetar as fontes de emissão de gases e, assim, tomar medidas para reduzir ou compensar essas emissões.

Concluiu-se, assim, que 51% das emissões de gases com efeito de estufa das empresas digitais provêm dos serviços básicos e que o impacto digital relacionado com os serviços de armazenamento, a nuvem, as licenças de software, a publicidade com serviços como o Google Ads, as telecomunicações, a manutenção, os eventos, a utilização de hotéis e restaurantes, o envio de emails e tudo o que está relacionado com bens e serviços são atividades que emitem cerca de 2.535 tCO2e num ano para uma empresa com mais de mil colaboradores.

O segundo lugar em termos de percentagem de emissões gasosas (27%), corresponde às deslocações diárias, utilizando transportes públicos, automóveis, motos, e às deslocações profissionais, em que os aviões e os automóveis são os meios de transporte mais utilizados. As deslocações para uma empresa com as mesmas condições acima referidas podem emitir 1335 tCO2e por ano.

Individualmente, cada trabalhador poderá emitir 4,5 tCO2e por ano, apenas através dos dispositivos que utiliza no trabalho: ecrãs, computadores, televisões, computadores portáteis e impressoras.

Posto isto, a Selectra sugeriu algumas medidas para reduzir a pegada de carbono, entre as quais: baixar as temperaturas do aquecimento e do ar condicionado, desligar o equipamento informático, praticar uma aquisição sustentável, fazer apenas viagens estratégicas (e de preferência em transportes públicos) e prolongar a vida útil dos equipamentos.