Limpeza de resíduos industriais já teve início no Seixal

A Câmara Municipal do Seixal e a população do concelho têm exigido a descontaminação dos solos decorrentes da atividade industrial junto dos sucessivos governos. Este tem sido um processo demasiado longo e moroso, no entanto regista-se como positivo o início dos trabalhos de remoção de 21.500 toneladas de lamas da aciaria e de 30.250 toneladas de pós de goela que se encontram depositados acima da cota de terreno no Parque Empresarial do Seixal.

Estes resíduos serão removidos, carregados e encaminhados nas condições legalmente previstas, para o
Centro Integrado de Recuperação Valorização e Eliminação de Resíduos Perigosos, propriedade da entidade executante EGEO/SISAV. Esta ação surge no âmbito de uma candidatura aprovada pelo POSEUR no valor de 8.7 milhões de euros e prevê-se que a intervenção tenha a duração de seis meses. Até ao momento já foram removidas cerca de 6.000 toneladas de lamas da aciaria.

Durante a tarde de ontem, o secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins teve oportunidade de visitar os trabalhos em curso, tendo estado também presente nesta visita o vice-presidente da Câmara
Municipal do Seixal, Joaquim Tavares. Sobre o assunto, o autarca referiu que se trata de um “passo muito importante para o concelho, que ficará desta forma ambientalmente mais saudável e liberto de
materiais provenientes da atividade industrial”.

Joaquim Tavares lembrou no entanto que: “Existem no concelho outros passivos ambientais que não podem ser esquecidos, entre os quais as lagoas de hidrocarbonetos e a Lagoa da Palmeira, pelo que estamos a trabalhar em conjunto com a Baía do Tejo para avaliarmos as soluções que possam existir no quadro das candidaturas disponíveis para este efeito. Para o município a qualidade ambiental é de extrema importância, pois significa melhores condições de vida para as nossas populações, pelo que continuaremos a alertar o Governo para estas e outras questões que precisamos ver resolvidas o quanto antes, como são exemplo o reforço da rede de monitorização da qualidade do ar ou o desassoreamento da Baía do Seixal.”