Metro investe em tecnologia sem contacto e em sistema automático de deteção de incêndios

Os clientes do Metropolitano de Lisboa já podem efetuar pagamentos dos títulos de transporte adquiridos nas máquinas automáticas através da funcionalidade sem contacto, acaba de anunciar a empresa em comunicado.

As 285 máquinas automáticas de venda de títulos existentes nas estações do Metropolitano de Lisboa foram equipadas com leitores de pagamento sem contacto, que permitem pagamentos de títulos, através de QR-Code e da aplicação bancária MBWay, de telemóvel e de cartões bancários que disponham dessa tecnologia.

Este upgrade, efetuado em todas as máquinas, contou com um “investimento total de 161,3 mil euros”, refere o comunicado da empresa.

[blockquote style=”1″]Estação Olivais requalificada[/blockquote]

O Metropolitano de Lisboa concluiu, também, as obras de requalificação da estação dos Olivais. A empreitada, iniciada em 26 de fevereiro de 2019, integrou os “trabalhos de reabilitação a nível de correção de patologias nas infraestruturas” e a “renovação de alguns equipamentos fundamentais para a prestação de um serviço de qualidade”, informa a empresa.

Destacam-se as intervenções de “reparação” e o “tratamento das infiltrações” em praticamente todas as zonas da estação. Foram, também, efetuadas “reabilitações” em alguns elementos arquitetónicos, nomeadamente a “renovação dos tetos das abóbadas do cais, a reabilitação dos painéis de azulejos com as obras plásticas”, bem como a “limpeza e reabilitação das paredes e pedras de revestimento”, pode ler-se no comunicado do Metro de Lisboa.

Em termos de infraestruturas elétricas, segundo o mesmo comunicado, foram integralmente substituídas duas escadas mecânicas de ligação entre o cais e o átrio, substituídas as portas dos três elevadores da estação, realizadas intervenções de renovação do sistema de bombagem da subestação de tração e renovado o sistema de iluminação das zonas públicas para iluminação LED, de baixo consumo.

Esta última medida afigura-se de especial importância, já que o Metropolitano de Lisboa lançou, no início do corrente ano e no âmbito da “Lisboa Capital Verde”, o Plano Integrado de Sustentabilidade Ambiental 2030, contemplando um conjunto de 15 ações, com vista a garantir a melhoria da sua sustentabilidade ambiental. Uma dessas medidas corresponde ao compromisso em proceder à alteração, até 2027, dos sistemas de iluminação da totalidade das estações para tecnologia LED, com vista à racionalização e redução do consumo de energia na rede.

A substituição da iluminação, agora efetuada na estação Olivais, ao nível do cais e dos acessos, já permitiu, segundo a empresa, uma “redução da potência instalada de 126,175 kW”, o que significa uma “redução de 299 ton CO2eq anual”.

Atualmente, segundo o comunicado, “17 das 56 estações (30%) dispõem de sistema de iluminação LED”.

O sistema de videovigilância foi, também, uma das melhorias efetuadas na estação Olivais, tendo sofrido uma atualização com a inclusão da funcionalidade de controlo de acessos e intrusões à via férrea. Este sistema já se encontra instalado em “16 estações” e prevê-se que venha a ser estendido às restantes. Está diretamente ligado ao Posto de Comando Central do Metropolitano de Lisboa e permite a gravação das imagens.

De acordo com o Metro de Lisboa, as obras de requalificação efetuadas na estação Olivais relativas à correção das patologias da infraestrutura, renovação da iluminação para tecnologia LED e atualização do sistema de videovigilância, correspondem a um investimento total de 3,9 milhões de euros.

[blockquote style=”1″]Novo sistema de deteção de incêndios[/blockquote]

A estação Olivais foi, posteriormente, alvo de trabalhos para a instalação do Sistema Automático de Deteção de Incêndios – SADI que permite “avisar rapidamente os serviços competentes da existência de um foco de incêndio e desencadear automaticamente as ações previstas para evitar a sua propagação”, pode ler-se no mesmo comunicado.

Ao ser detetada uma situação de incêndio, os detetores automáticos transmitem um sinal à central de incêndios e ao sistema de gestão, dando origem a uma sinalização acústica e luminosa na central, possibilitando a visualização da zona em alarme. O sistema, após a temporização previamente programada, faz transitar a ocorrência para um segundo nível de alarme, desencadeando diversas operações automáticas de proteção, nomeadamente atuação do sistema de emergência de incêndios para os elevadores, paragem das unidades de ventilação da zona ou zonas em alarme, sinalização da ocorrência na central, entre outros.

Este sistema encontra-se, agora, instalado em todas as estações, estando prevista a sua modernização nas estações, parques de material e oficinas e instalações administrativas em que o mesmo já se encontra obsoleto. Conta com um investimento global previsto de 2,9 milhões de euros, dos quais 607.450 mil euros são comparticipados pelo Fundo Ambiental. A instalação do  SADI da estação Olivais teve um investimento de  77.450 mil euros.