O Ministério da Agricultura está a ultimar um plano para o Douro, em articulação com os organismos do Ministério, o envolvimento de agentes da região e a Comissão Europeia, garantindo que as medidas “têm carácter estrutural e serão dirigidas aos produtores, sobretudo os pequenos produtores”.
Prometendo novidades para breve, este Ministério faz ainda um reconhecimento ao valor do território e aos respetivos problemas que os o setor vitivinícola mundial tem atravessado: “em particular, na União Europeia, foi criado um grupo de alto nível, onde Portugal teve uma participação ativa, que apresentou um conjunto de propostas, que estão em negociação entre o Conselho e o Parlamento Europeu, para mitigar esta situação”, diz o organismo em comunicado enviado à imprensa.
“Não podemos desistir da promoção de um produto único no mundo. Por essa razão já reforçámos o montante destinado à promoção do vinho português em países terceiros, em 14,2 milhões de euros, para os anos de 2025 a 2027, num montante global de 34 milhões de euros. No último aviso lançado, com a mais elevada dotação orçamental de sempre – 20 milhões de euros – as candidaturas a pedidos de apoio atingiram apenas os 12 milhões de euros, havendo a expectativa de que o montante total venha a ser utilizado”.
Acrescenta que “estamos a trabalhar para a utilização de saldos de gerência acumulados para desenvolver um plano de promoção e proteção plurianual, reforçando o valor das DOP, no contexto nacional e internacional”.
Este comunicado sai na manhã desta quarta-feira, ao mesmo tempo que viticultores da região do Douro se encontram em protestos nas ruas, essencialmente no Peso da Régua. Os profissionais exigem valorização do preço da uva e mais apoios.