Ministério do Ambiente apoia supercomputação neutra em 7,3 milhões de euros
No âmbito do encontro “Ciência 2021: Encontro Nacional com a Ciência e a Tecnologia”, o ministro do Ambiente e Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, vai presidir, esta terça-feira, 29 de junho, pelas 17:30h, ao encerramento da Sessão Plenária 4 – “A Ciência e os novos desafios de interação espaço Clima: da observação da Terra ao clima espacial”, lê-se numa nota de agenda divulgada pelo Governo.
Durante o encontro, será assinado o Contrato de Concessão de Incentivos pelo Fundo de Apoio à Inovação (FAI) e pelo Fundo de Eficiência Energética (FEE), enquanto entidades financiadoras, com os promotores do projeto “Sustainable HPC”, o INESC TEC (Instituto de Engenharia de Sistemas de Computadores, Tecnologia e Ciência) e o INEGI (Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial).
O Fundo de Apoio à Inovação e o Fundo de Eficiência Energética, tutelados pelo Ministério do Ambiente e da Ação Climática, financiarão o projeto “Sustainable HPC” até 7,3 milhões de euros. O projeto permitirá uma poupança de 641 tep/ano de energia primária e uma diminuição de emissões de dióxido de carbono de 1 073ton/ano, precisa uma nota partilhada pela Ministério do Ambiente e da Ação Climática.
De acordo com o Governo, o projeto “Sustainable HPC”, com uma duração de 24 meses, visa criar uma solução técnica que permita o funcionamento do supercomputador Deucalion, a instalar no parque de ciências e tecnologia de Guimarães – AvePark, com base em energia de origem renovável, parcialmente produzida no local. Este projeto promove a sustentabilidade energética e a descarbonização da operação de supercomputadores segundo três pilares fundamentais: Redução de consumo de energia elétrica e implementação de medidas de eficiência energética; Maximização do autoconsumo de produção de base renovável com gestão otimizada e preditiva dos recursos energéticos distribuídos; Redução de desperdícios e reutilização dos mesmos.
A realização deste projeto, alinhado com a Estratégia Nacional para a Computação Avançada, pretende colocar Portugal na liderança internacional da computação avançada com uma pegada ecológica mínima, através do desenvolvimento de um sistema capaz de analisar, de forma preditiva, com recurso a modelos de inteligência computacional, a disponibilidade de eletricidade de origem renovável, optando em cada momento pela combinação de recursos conducente a uma operação livre de carbono.
Para este Ministério, o “Sustainable HPC” revela-se um projeto promissor e de vanguarda, com uma elevada componente de inovação tecnológica, capaz de avaliar e combinar tecnologias alternativas e criar uma solução de gestão integrada do sistema com caraterísticas pré-industriais com elevado potencial de exploração.