Ministra do Mar avança que setor cresceu 37% nos últimos dois anos

A ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, avançou hoje que nos últimos dois anos o setor marítimo obteve um crescimento no Valor Acrescentado Bruto (VAB) de 37%, considerando este resultado “notável” e “muito acima do crescimento da economia geral”, cita a Lusa.

“Tivemos um crescimento no Valor Acrescentado Bruto, em dois anos, de 37% referente à economia do mar. É absolutamente notável o que Portugal tem feito e o que vocês todos tem feito”, afirmou a ministra durante a sessão de lançamento do “Roteiro de bioeconomia azul para Portugal”, que decorreu hoje, no Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR), em Matosinhos.

A ministra disse também “estimar” que a aposta da tutela na bioeconomia azul como “fator estratégico” do setor do mar tenha contribuído mais de 4% em 2019 para a economia nacional, comparativamente aos 2,6% em 2016.

“Temos o objetivo de atingir em 2020 5% que a área do mar contribuiu para a economia nacional”, apontou, lembrando que a tutela e os intervenientes do setor passaram a ter “consciência de que a conservação e valorização do oceano é incontornável para se reafirmar qualquer setor económico” da área do mar.

Ana Paula Vitorino falava hoje durante a sessão de lançamento do “Roteiro de bioeconomia azul para Portugal”, um guia produzido pelo CIIMAR que visa, ao mapear informações sobre os biorrecursos marinhos existentes a nível nacional, servir de instrumento a políticas públicas e auxiliar a definir estratégias regionais.

Na sessão, a governante salientou que este roteiro vai ser “uma ferramenta essencial para a implementação do desenvolvimento sustentável e inovação”, acrescentando que o mesmo vai constituir “uma boa base de apoio” para a realização de políticas públicas do setor marítimo.

“Este roteiro não podia estar mais alinhado com aquilo que é a estratégia de atuação do Ministério do Mar e só pode ser desta forma: conhecer e explorar de forma sustentável os recursos marinhos e contribuir para o crescimento da economia azul, em sintonia incontornável com a conservação e valorização do conhecimento”, concluiu.