Navigator apresenta cinco candidaturas ao PRR num investimento superior a 100 milhões de euros

A The Navigator Company apresentou cinco candidaturas ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), num investimento superior a 100 milhões de euros e em linha com o seu propósito corporativo: a “criação de valor sustentável, deixando às futuras gerações um planeta melhor, através de produtos e soluções sustentáveis naturais, recicláveis e biodegradáveis”, pode ler-se num comunicado.

A Agenda “From Fossil to Forest – Produtos de Embalagem Sustentáveis para Substituição do Plástico Fóssil” – é uma das iniciativas em que a empresa está a participar, no âmbito dos avisos da Componente 5 do PRR – Capitalização e Inovação Empresarial. O objetivo do consórcio, liderado pela Navigator, é o de desenvolver, patentear, produzir e comercializar soluções de embalagem inovadoras que substituam as atuais embalagens de plástico de origem fóssil, nomeadamente as de uso único, por materiais de base renovável e biodegradável a partir da floresta, permitindo assim a construção de um futuro sustentável, refere a Navigator.

Com um orçamento total de 118,6 milhões de euros, o projeto visa “reduzir o impacto no ambiente e melhorar a qualidade de vida das pessoas”, podendo contribuir para “ajudar o país na construção da floresta do futuro”, nomeadamente através do “reforço da utilização do conhecimento científico no setor”, lê-se no mesmo comunicado. Enquanto empresa líder do consórcio, cabe à Navigator e ao Raiz – Instituto de Investigação da Floresta e Papel, o maior esforço de investimento, com um total de 93,2 milhões de euros, o que representa 79% do orçamento total da Agenda Verde para a Inovação Empresarial.

Para a Navigator, este será um “momento-chave para as empresas alavancarem a revolução tecnológica e contribuírem para a recuperação do país”, nomeadamente através do “aumento das exportações nacionais e da criação e valorização do emprego”. De referir que a Agenda “From Fossil to Forest” contempla a criação de “102 novos postos de trabalho, dos quais 49 altamente qualificados”, precisa a empresa.

No âmbito deste projeto, a Navigator reuniu um conjunto alargado de 27 parceiros nacionais – entre os quais se contam 16 empresas e 11 Universidades e Centros de Investigação, que cobrem toda a cadeia de valor desde a matéria-prima ao produto final, recorrendo a produtos de base florestal para acelerar a transição de matérias-primas de origem fóssil – baseadas em recursos finitos, de que são exemplo a generalidade dos plásticos – para matérias-primas de origem biológica.

Com efeito, o projeto valoriza e proporciona novas aplicações para um importante recurso endógeno nacional – a floresta -, envolvendo e rentabilizando o reconhecido potencial científico e tecnológico português neste domínio. A Navigator afirma que estão previstos 17 novos produtos que, além de valorizarem a floresta portuguesa, contribuirão decisivamente para o reforço da capacidade nacional nas áreas da investigação, desenvolvimento e inovação (I&D&I).

O projeto integrou a segunda fase de candidatura, que terminou no dia 13 de abril, estando a decorrer a análise às candidaturas selecionadas. Esta componente – que inclui Agendas Mobilizadoras para a Inovação Empresarial e as Agendas Verdes para a Inovação Empresarial – visa aumentar a competitividade e a resiliência da economia com base em I&D, inovação, diversificação e especialização da estrutura produtiva.

Participação noutros projetos

Para além deste processo, a Navigator participa noutras agendas como parceiro, nomeadamente: no desenvolvimento de novos materiais genéticos para uma floresta mais produtiva e resiliente, na circularidade de resíduos industriais, na robotização de operações de intra logística, na transformação digital das cadeias de valor florestais e na transformação digital e ecológica de redes logísticas e de transportes. Nestes projetos a empresa assumiu um compromisso de investimento de 14,2 milhões de euros, adianta no mesmo comunicado.

A Navigator está ainda em fase de preparação de cinco candidaturas integradas na Componente C11 – Descarbonização da Indústria. Com estas iniciativas será possível reduzir 327.000 toneladas de CO2 de emissões diretas e indiretas em todos os complexos industriais da Navigator até 2026, antecipando-se assim as metas previstas para 2029 no Roteiro de Descarbonização da companhia.