Novos passos na cimeira do clima em Marraquexe

A partir da próxima segunda-feira e até 18 de novembro Marraquexe torna-se a capital das alterações climáticas. Em Marrocos, a cimeira do clima que se segue, a COP22 tem muito para celebrar e também muito ainda que discutir.

O primeiro dia será, desde logo, um dia de festejo pelo facto de esta 22ª ronda de negociações se iniciar com o Acordo de Paris, aprovado há menos de um ano, estar já em vigor. Mas, bebido o champanhe e dados todos os abraços, iniciam-se os dias longos com muita pedra para partir.

Em debate vão estar necessariamente as linhas de força e as futuras regras do acordo conseguido e a que todos pede responsabilidade sobre a redução na emissão de gases com efeito de estufa.

Há alguma pressa nas negociações, uma vez que se previa que o documento só viesse a entrar em vigor em 2020. Esta antecipação de quatro anos obriga também a antecipar a concretização das suas premissas, nomeadamente no que diz respeito ao financiamento previsto para os países em desenvolvimento no âmbito da adaptação climática e da mitigação (redução de emissões).

A negociação da proposta de atribuição anual de cem mil milhões de dólares deita pelos países doadores do financiamento climático até 2020, advinha-se porventura, a mais difícil, salienta o DN.