“O Futuro do Planeta” vai trazer o debate e a reflexão com foco nas Alterações Climáticas

Numa parceria entre a Fundação Oceano Azul e a Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS), 50 oradores nacionais e internacionais vão debater “O Futuro do Planeta”. O evento vai decorrer nos dias 14 e 15 de setembro em Lisboa e quer trazer para cima da mesa o debate e a reflexão sobre o presente e o futuro da Terra. O Teatro Camões será o “grande” palco dos debates mas haverá conversas inéditas nas Telecabines do Parque das Nações e sessões no Oceanário de Lisboa.

Jaime Gama reforçou a importância da parceria entre as duas Fundações assim como a colaboração do Oceanário de Lisboa que, “nos últimos anos, tem desenvolvido um trabalho notável de projeção da temática do mar e dos oceanos”. O presidente da FFMS falava aos jornalistas na apresentação desta conferência, sublinhando ainda o papel que este encontro vai ter para a sociedade, contribuindo para o “esclarecimento dos portugueses”, promovendo a reflexão entre todos os interessados que “preservam o planeta e a terra”.

Nas palavras do CEO da Fundação Azul, “orgulha-nos entrar nesta parceria porque pensamos que temos um contributo a dar para a sociedade civil portuguesa”. Tiago Pitta crê que a sociedade necessita de “ser mais vital. Tem de pensar mais por ela e dizer aquilo que pensa”. Desta forma, é fundamental “questionarmo-nos como é que chegámos a este ponto” e se “as nossas estratégias têm conseguido fazer um caminho eficaz e eficiente”. A importância deste encontro vai permitir que seja vista a “olho nu” a situação do Planeta, sendo necessária a “capacidade de compreender” que este século seja marcado “pela sustentabilidade ambiental”, sustenta.

Portugal tem “17 vezes mais mar do que terra”

David Lopes, diretor-geral da FFMS

À Ambiente Magazine.pt, David Lopes não tem dúvidas da projeção que esta conferência vai ter nos portugueses, assumindo uma postura perentória: “Não há plano B para o planeta”! O diretor-geral da FFMS alerta que “qualquer ação ou comportamento” do cidadão que “não respeite o planeta” vai ter repercussões nas gerações vindouras. “A forma com usamos os recursos está a extinguir cada vez mais o planeta”, afirma. O objetivo desta conferência passa, assim, por “tentar perceber o impacto e a situação atual em que estamos”, encontrando “visões comuns para a mudança” e, acima de tudo, para a “sensibilização das pessoas”.

Ao longo de dois dias, vão ser debatidos vários temas. Mas o grande foco vão ser as Alterações Climáticas que, acredita David Lopes, vão gerar “questões de grande pendor político”, considerando que elas serão o “termómetro de todos estes problemas”, estando “omnipresentes” em todos. 

Tal como só existe um planeta, também só existe um oceano. Partindo deste pressuposto, o diretor-geral diz que Portugal não tem consciência que tem “dezassete vezes mais mar do que terra. Somos das maiores nações oceânicas do mundo”, sublinha David Lopes, advertindo para a “importância que o mar vai ter no futuro do cidadão”. Além disso, o país tem de “parar de anunciar a defesa do mar” e começar a “pôr em prática” a sua riqueza com mais investimento neste setor. Nas palavras do responsável, é importante “passar da praia para o mar”.

Sobre o evento, as perspetivas são “positivas”. David Lopes acredita que as salas com capacidade 1 100 pessoas “vão ficar completas” e os motivos são claros: “este encontro foi feito de forma a não criar muros” entre oradores e participantes, permitindo que haja uma “grande informalidade sem barreiras”, remata.

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