OE2021: Investimento nos transportes públicos terá um gasto total de 2,8 mil milhões de euros

O ministro do Ambiente e Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, afirmou, esta segunda-feira, que o “investimento nos transportes públicos é o mais expressivo” no Orçamento do Estado (OE) para 2021, que terá um gasto total de “2,8 mil milhões de euros”, dando continuidade à “política de promoção do transporte público”, que tem efeitos na “descarbonização” e nas “alterações climáticas”.

Matos Fernandes, de acordo com o site do Governo, falava numa audição conjunta das comissões de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, de Agricultura e Mar e de Ambiente, Energia e Ordenamento do Território da Assembleia da República, na apreciação da proposta de OE para 2021 na especialidade.

O ministro destacou os investimentos previstos no Metropolitano de Lisboa (nomeadamente o prolongamento da linha Odivelas-Rato até ao Cais do Sodré) e no Metro do Porto (expansão das linhas amarela e rosa), e a renovação da frota da Transtejo, no conjunto a rondar os 840 milhões de euros, ao longo de vários anos.

Orçamento cresce um quarto

O orçamento na área do ambiente e ação climática atinge quase 2,9 mil milhões de euros, mais 601 milhões do que o orçamento de 2020, o que representa um aumento de mais de um quarto, disse o responsável, tendo acrescentado que a sua atuação se alargou a novas áreas como as florestas, que receberão um reforço de investimento de 80 milhões de euros.

Matos Fernandes referiu ainda que o Fundo Ambiental vai apoiar os municípios em obras para desviar os biorresíduos (restos de cozinha ou de jardins, por exemplo) dos aterros e da incineração para a reciclagem, com até dois milhões de euros.

Para os centros de recolha oficial de animais de companhia e apoio à melhoria das instalações das associações zoófilas legais, serão transferidos cinco milhões de euros para a administração local.

Em 2021, pode ler-se no site do Governo que, continuam a ser eliminadas as isenções fiscais ao imposto sobre produtos petrolíferos e energéticos (que produzem eletricidade a partir de combustíveis mais poluentes) e à taxa de carbono dos combustíveis mais poluentes.