#Opinião: O Baixo Alentejo é parte das soluções de sustentabilidade

A pandemia sublinhou a importância dos comportamentos individuais.

Para cumprir determinados objetivos, todos contam, todos são importantes. É assim na vida como nos desafios da sustentabilidade, em que se integra o esforço de separação, de reciclagem e de tratamento dos resíduos sólidos desenvolvido pela RESIALENTEJO (Almodôvar, Barrancos, Beja, Castro Verde, Mértola, Moura, Ourique e Serpa), os municípios, as freguesias e as populações.

Cada um tem de ser parte das soluções, para um melhor ambiente e maior afirmação das nossas terras. No Baixo Alentejo sempre tivemos noção dos pontos de equilíbrio da relação entre os seres humanos e a natureza, dos ritmos, das intensidades e dos limites.

Hoje há ainda maior consciência para este desafio, desde logo porque estamos confrontados com a expressão de alterações climáticas e fenómenos meteorológicos extremos, mas urge reforçar a ação.

Portugal tem estado aquém das metas ambientais com que se comprometeu no PERSU2020+ e no PERSU2030.

O Baixo Alentejo é um território extenso, com reduzida densidade populacional, mas com relevantes atividades rurais e ativos paisagísticos, que está a trabalhar para reforçar o seu contributo para as metas ambientais estabelecidas, cujos incumprimentos implicam relevantes penalizações para o país.

Em 2021, apesar dos constrangimentos, a RESIALENTEJO conseguiu um aumento de 10,5% na recolha seletiva em relação a 2020, sendo que comparado com 2019 a empresa geriu mais 22% de embalagens de vidro, mais 26% de resíduos de papel/cartão, mais 28% de resíduos de embalagem em plástico e metal e mais 100% de biorresíduos.

A RESIALENTEJO recolheu, entre 1 de janeiro e 31 de maio de 2022, mais 111,1% de biorresíduos do que em período homólogo do ano passado. As recolhas de vidro registaram um aumento de 7% e as de plástico e metal de 5%. Apenas o papel e o cartão não acompanharam esta trajetória de crescimento.

A RESIALENTEJO está a concretizar um investimento de 5,13 milhões de euros nos territórios abrangidos pela intervenção da empresa no esforço de recolha e tratamento dos resíduos indiferenciados provenientes da recolha municipal e aos materiais recicláveis depositados nos ecopontos/ecocentros.

O orçamento e plano de atividades da RESIALENTEJO para 2022 contempla investimentos na aquisição de equipamentos de recolha seletiva Porta-a-Porta e PAYT; na expansão da rede de ecopontos para cumprimento do grau de cobertura do sistema público definido na legislação; na conclusão da Estação de Transferência de recicláveis em Moura; na adaptação tecnológica dos Ecocentros existentes; na conclusão da construção da Unidade de Tratamento de Bioresíduos (Nova linha da UTMB); na aquisição de equipamentos de Recolha Seletiva; na aquisição de equipamentos de Compostagem Doméstica; na Ampliação do aterro Sanitário; na selagem parcial do aterro Intermunicipal (em fase de exploração) e no reforço da Rede de Biogás; no início da ampliação do Aterro Intermunicipal; na otimização da zona envolvente do Canil/Gatil, Aterro e Oficinas; na Requalificação do pavilhão de OAU; na aquisição de equipamentos administrativos, no desenvolvimento de campanhas de sensibilização e educação ambiental e na aquisição de equipamentos de substituição (máquinas, viaturas e outros equipamentos).

Os sinais positivos do caminho percorrido, em convergência com as metas do PERSU2020+ e PERSU2030, são um estímulo para continuarmos um caminho de reforço do compromisso individual e comunitário com a sustentabilidade, a economia circular e a preservação ambiental, fundamental para a manutenção da identidade, a salvaguarda do potencial do nosso Mundo Rural e a construção de um futuro melhor.

É o que tem sido feito, com uma crescente adesão da população, é o que vamos continuar a fazer. No Baixo Alentejo estamos apostados em ser parte das soluções ambientais do país. Por nós, por todos.