Opinião: O papel dos privados na gestão da água

A água é um recurso cada vez mais escasso. Aproveitando a véspera do Dia Mundial da Monitorização da Água (18 de setembro), é fundamental falar da sua importância e de como devemos cuidar dela, é urgente valorizá-la e evitar desperdícios.

Sendo um dos recursos mais importante para as populações em todo o mundo, é crescente a preocupação com os níveis de perdas no consumo de água. Em Portugal, os dados apontam para cerca de 3 100 milhões de metros cúbicos de água desperdiçada por ano. Um valor alarmante e que merece reflexão.

Se por um lado, é necessário consciencializar a população para este desperdício, por outro, é fundamental chamar a atenção das forças políticas para a importância do setor. Não são poucos os casos a que temos assistido de debates sobre quem deve gerir este recurso: se o setor público, se o setor privado.

Acredito e defendo que o foco deveria ser a população, o serviço de qualidade, a sustentabilidade, a redução de perdas, a eficiência da rede. Mas, infelizmente, não é isso que vemos na maioria dos casos.

São cada vez mais evidentes os jogos políticos que se movimentam em função de ciclos eleitorais e que, muitas vezes, resultam em ataques ao tecido empresarial do setor, colocando o serviço e apoio aos habitantes em segundo plano.

Os privados têm um papel fundamental na preservação da água. Para que possamos ter segurança na água que nos chega quando abrimos a torneira, existe todo um trabalho pouco visível ao cidadão comum. Trabalho esse que passa também por um investimento permanente na rede de abastecimento, seja na modernização de infraestruturas seja em mão-de-obra qualificada. A verdade é que o percurso que ela faz até chegar às nossas casas obriga a uma operação com capital humano qualificado e com acesso a tecnologia sofisticada que permita contribuir com as melhores soluções para qualquer desafio. Esta é uma das bandeiras da Be Water, presente em Portugal há mais de 30 anos, com longa experiência e investimento na área do abastecimento de água.

Hoje, na Be Water, trabalhamos em proximidade junto das comunidades onde nos inserimos, garantimos o abastecimento de água a mais de 600 mil pessoas por todo o país e continuamos 100% disponíveis para cada um deles.

A Be Water tem pautado a sua atuação pela inovação e, sobretudo, pela transparência e foi nesse sentido que lançou recentemente um novo tarifário que permite aos seus utilizadores a repartição por entidade e finalidade dos montantes cobrados mensalmente na sua fatura de água.

Temos vindo a investir sistematicamente nas redes de abastecimento dos concelhos onde operamos e modernizado as infraestruturas, o que tem permitido não só evitar os desperdícios e perdas de água, mas ainda distribuir uma água segura e de elevada qualidade aos seus utilizadores. Mas na nossa operação, temos um claro investimento em toda a linha com o desenvolvimento sustentável que se divide em compromissos de foro ambiental, social e económico. Este investimento reafirma-se essencial para mitigar os impactos do aquecimento global, para garantir a gestão sustentável do ciclo da água e para proteger a biodiversidade.

O resultado do nosso trabalho de mais de três décadas em território nacional reforça a certeza de que estamos no caminho certo, a fazer cada vez mais e melhor pelo nosso país. E a pandemia veio evidenciar isso mesmo: mantivemo-nos na linha da frente, a assegurar um serviço essencial, com a qualidade de sempre.

[blockquote style=”3″]Este sábado, dia 18 de setembro, assinala-se o Dia Mundial da Monitorização da Água. Para assinalar a efeméride, a Ambiente Magazine partilha o testemunho de Alberto Carvalho Neto, CEO da Be Water, que traz a sua visão sobre o setor.[/blockquote]