PART é um exemplo de “transição justa para uma economia neutra em carbono”

O Programa de Apoio à Redução Tarifária nos Transportes Públicos (PART) entrou em funcionamento à um ano. Com o apoio de cerca de “120 milhões de euros” do Fundo Ambiental, resultado da receita obtida pela taxa adicional de carbono, foi possível “criar os passes únicos nas áreas metropolitanas” (em alguns casos o valor do passe reduziu-se em mais de 100€) e “desenvolver, nas Comunidades Intermunicipais, medidas de redução do preço dos títulos mensais e de reforço da oferta de transportes”, pode ler-se numa nota enviada pelo gabinete do Ministro do Ambiente e da Ação Climática.

Na Área Metropolitana de Lisboa (AML), de abril a dezembro de 2019, foram transportados cerca de 477 milhões de passageiros, dos quais mais de 398 milhões utilizaram o passe.  O número total de passageiros, em 2019, registou um aumento superior a 18%, relativamente ao período homólogo. Neste período, na AML, o número de passageiros que passou a utilizar os transportes públicos com maior regularidade aumentou cerca de 32% (mais de 97 milhões de utilizações com passe).

Sinal do sucesso do programa é o acréscimo, no Metro de Lisboa, em fevereiro, de mais 10,6% dos passageiros comparativamente ao mês homólogo de 2019. No mesmo período, a evolução na Transtejo/ Soflusa foi de mais 8,3% (mais 120 mil passageiros).

Na Área Metropolitana do Porto também se assistiu a um acréscimo significativo do número de passes Andante vendidos. Em fevereiro de 2020, registou-se um acréscimo de 38% das unidades vendidas face ao mesmo mês do ano anterior (de 170 mil para 234 mil assinaturas).

No Metro do Porto, a título de exemplo, registou-se em fevereiro um aumento de 22% no número de passageiros transportados face ao mesmo mês de 2019. Na STCP, para o mesmo período, a evolução foi de mais 5,2%.

Sendo os transportes um dos setores da economia que provoca mais emissões de gases com efeito de estufa, o PART assume-se como uma medida de génese ambiental com “enorme relevância social”, constituindo-se como um “exemplo de transição justa para uma economia neutra em carbono”, refere a mesma nota.