Pegada Ecológica dos Municípios Portugueses: Contributo local para a sustentabilidade do planeta em projeto internacional inovador 

O Projeto Pegada Ecológica dos Municípios Portugueses resulta de uma parceria estratégica entre a ZERO – Associação Sistema Terrestre Sustentável, a Global Footprint Network (GFN) e a Universidade de Aveiro. Este projeto tem três objetivos gerais: estimar a Pegada Ecológica e a biocapacidade dos municípios envolvidos; debater com os cidadãos e partes interessadas dos municípios as implicações dos resultados e as opções de mitigação, com o auxílio de calculadoras online da Pegada Ecológica e estudar e propor instrumentos e políticas que reforcem a coesão e equidade territorial com o objetivo de promover a gestão sustentável do território. Os seis municípios pioneiros que integram o projeto são: Almada, Bragança, Castelo Branco, Guimarães, Lagoa e Vila Nova de Gaia.

A Pegada Ecológica tem sido calculada para diversas cidades em todo o mundo. Em Portugal, este projeto, iniciado em 2018, é inovador de duas formas. Primeiro, pela forma como integra o conhecimento da Pegada Ecológica com o cálculo da biocapacidade a nível local. Segundo, pelo envolvimento da sociedade civil e pela promoção de novos instrumentos e políticas públicas que incentivem a redução dos impactes ambientais dos municípios e o reforço dos serviços prestados pelos ecossistemas desses municípios.

Durante esta semana, de 26 a 30 de outubro, serão divulgados os resultados da Pegada Ecológica e da biocapacidade dos seis municípios.

A Pegada Ecológica é uma metodologia reconhecida internacionalmente e desenvolvida pela Global Footprint Network que permite medir o impacto das nossas atividades de consumo nos recursos naturais do planeta. A metodologia pode ser aplicada a várias escalas, desde um individuo, cidade, região, país, até ao planeta Terra, comparando os recursos naturais usados para suportar um determinado estilo de vida com a capacidade dos ecossistemas para gerar esses mesmos recursos. É uma importante ferramenta de alerta para as necessárias mudanças de comportamento de consumo das sociedades atuais e para um novo paradigma de efetiva valorização dos serviços prestados pelo ambiente ao ser humano.