Plastics Summit 2025: “impostos devem premiar a transição e não punir a inovação”
Esta foi uma das afirmações de Duarte Cordeiro, ex-Ministro do Ambiente, durante o painel “Indústria Resiliente e Gestão Integrada”, no âmbito da Plastics Summit 2025 – Global Event, que acrescentou que “a economia tem de se encontrar com a sustentabilidade”.

Com base na sua experiência política, explicou que por vezes a execução de planos é o problema, pois escrevê-los é fácil, mas colocar na prática é onde está o verdadeiro desafio. Apelando assim a um “equilíbrio entre eficiência e compensação”, Duarte Cordeiro frisou que o investimento em setores mais sustentáveis “depende de políticas consistentes que atraiam capital e renovação”.
Além disso, o ex-Ministro comentou que a competitividade na indústria “tem de ser justa”, e isso passa, exemplo, pelos mecanismos para compensação de emissões e por estabelecer preços para o carbono.
Também neste painel participou Cristina Antunes, Diretora de Sustentabilidade do Santander Portugal, que afirmou que o investimento/financiamento depende dos dados e da transparência das empresas, a par do seu compromisso com a sustentabilidade: “quando as empresas medem os seus dados, conseguem ser mais competitivas e impulsionar-se em novos mercados”.

A oradora reforçou que os bancos precisam de “dados credíveis e mensuráveis” vindos das empresas, para saberem onde estão a pôr o seu dinheiro. Resumindo, são precisos “planos de transição para perceber para onde as empresas se dirigem ambientalmente”.
A Plastics Summit decorreu na FIL – Feira Internacional de Lisboa, sendo organizada pela APIP (Associação Portuguesa da Indústria dos Plásticos), e encerrou com a promessa de regressar em dois anos para voltar a debater os desafios e o futuro deste material.