Porto de Setúbal mais próximo de se afirmar como hub para as energias renováveis 

O Porto de Setúbal recebeu o Ministro das Infraestruturas, João Galamba, a Secretária de Estado da Energia, Ana Fontoura, e o Secretário de Estado do Mar, José Costa, para uma visita aos locais que acolherão os futuros Projetos e Investimentos de Energias Renováveis, na área de jurisdição do porto setubalense.

Esta visita reforçou a estratégia do “Porto de Setúbal em afirmar-se como um hub para as energias renováveis, dispondo de infraestruturas e áreas de expansão adequadas de suporte à cadeia de valor nos projetos de energia eólica offshore nacionais e para exportação”, pode ler-se numa nota, divulgada à imprensa.

Inserida na iniciativa “Governo Mais Próximo”, esta visita contemplou paragens na Etermar e Lisnave, duas empresas que fazem parte da Comunidade Portuária de Setúbal, e que estão a desenvolver projetos na área da produção de equipamentos para energias renováveis offshore.

“Estão previstos para a Península de Setúbal diversos projetos que significam muitos milhares de milhões de euros e o objetivo do Governo é que estas iniciativas signifiquem mais emprego, investimento e a reindustrialização verde do País”, disse o Ministro das Infraestruturas, João Galamba, dando nota que “ao visitarmos o Porto de Setúbal, percebemos que a Etermar e a Lisnave já dispõem de capacidade e estão preparadas para avançarem para um grande projeto industrial eólico offshore. No que depender do Governo, queremos promover que esse avanço seja feito da forma mais rápida possível”.

A Etermar – Engenharia e Construção SA prevê o desenvolvimento de um parque eólico flutuante com 30 turbinas e até 600 megawatts, ao largo de Viana do Castelo. As condições da nova sede e cais privativo, em Santa Catarina, Setúbal, vão permitir incorporar um elevado valor acrescentado nacional na fabricação e colocação no mar das 30 turbinas. Estas soluções de fabricação e deslize de plataformas flutuantes de betão fabricadas pela Etermar já começaram a ser aplicadas em concursos para parques eólicos fora de Portugal, lê-se na mesma nota.

Já a Lisnave, segundo o mesmo comunicado, está a desenvolver projetos e investimentos em áreas como a reparação naval, construção de equipamentos para energias renováveis offshore e reciclagem naval. No decorrer da próxima década está previsto um investimento estimado em mais de 200 milhões de euros pela empresa, que vai ao encontro da estratégia de Economia Verde definida pelo Governo, nomeadamente no desígnio de instalar 10 GW de potência eólica offshore até 2030.

Entre os projetos previstos para a Península de Setúbal, no âmbito das Energias Renováveis, destaque também para o projeto M-ECO2, promovido pela PRIO, que permitirá o alinhamento do Porto de Setúbal com a estratégia de descarbonização do país, em especial no que se refere às componentes de produção de hidrogénio verde e HVO para exportação.