Portugal e Noruega unem-se pela energia eólica flutuante

O Fórum Oceano e a Norwegian Offshore Wind assinaram um Memorando de Entendimento (MoU) para reforçar a colaboração entre as cadeias de abastecimento dos dois países.

Através do rápido crescimento dos mercados eólicos offshore em Portugal e na Noruega, os laços entre os dois países irão ficar mais fortes e a parceria entre as duas organizações permitirá criar grandes oportunidades para a indústria, afirma Arvid Nesse, gestor da Norwegian Offshore Wind, que tem feito várias atividades direcionadas para o mercado português, como uma viagem de pesquisa em janeiro e vários webinars, além de receber representantes do Governo português e do Secretário de Estado durante delegações oficiais à Noruega.

O mercado português, que conta com um elevado número de stakeholders relevantes, esteve igualmente representado durante o Floating Wind Days, em Haugesund, no início deste ano. Já durante a semana passada, 15 empresas eólicas offshore de destaque fizeram parte do Visit NOW em Lisboa e no Porto.

“A energia eólica offshore flutuante é um abundante recurso energético renovável em Portugal, com elevado potencial de rentabilização já na presente década, e também com impacto regenerativo para os ecossistemas marinhos”, indica Ruben Eiras, Secretário-Geral do Fórum Oceano.

“Forjar uma parceria profunda com empresas norueguesas é o caminho a seguir para acelerar a indústria oceânica em Portugal, ao permitir estabelecer bases comerciais sólidas para uma cadeia de valor industrial resiliente, entre os dois países oceânicos. De facto, a energia eólica offshore flutuante eficiente não só substituirá as importações de combustíveis fósseis para Portugal e para a UE, aumentando a sua segurança energética sustentável, mas também irá gerar uma indústria competitiva impulsionada pela exportação de tecnologia tanto para a Noruega como para Portugal”, especifica António Nogueira Leite, presidente do Fórum Oceano.

O Executivo português estabeleceu uma meta de 10 GW de energia eólica offshore instalada até 2030, a ser alocada através de leilões a partir do quarto trimestre de 2023. Foram sugeridos um total de lotes de 20 x 500 MW, com o primeiro leilão a incluir sete locais das três regiões mais a norte. A aprovação destas propostas, no âmbito do Plano de Atribuição de Áreas Marítimas para Exploração de Energias Renováveis (PAER), está prevista para o quarto trimestre.