“Portugal em junho é mais Oceano”

A Conferência dos Oceanos das Nações Unidas já tem, oficialmente, vídeo promocional. O lançamento decorreu esta terça-feira, dia 8 de março, no auditório do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, em Algés. 

“O evento de hoje serve para chamar a atenção de que Portugal, em junho, é mais oceano: vamos receber mais uma conferência de carácter global para debater os progressos que são necessários para atingir o ODS 14 da Agenda 2030 das Nações Unidas e o que fazer quando já estamos a meio do caminho para o término dessa agenda”. A declaração pertence a Ricardo Serrão Santos, ministro do Mar, que não deixou de sublinhar o “compromisso internacional” que existe e a vontade em acelerar esses mesmos compromissos baseados no oceano: “A conferência surge como momento impulsionador da ação global em prol de um oceano mais sustentável”.

Lembrando os “tempos particularmente complexos e difíceis” que o mundo vive, Ricardo Serrão Santos destaca que o fenómeno da emergência climática continua premente, sendo uma ameaça para a “segurança humana”, para o “desenvolvimento sustentável” e para o “progresso das sociedades”. Ainda assim, apesar das três crises – pandemia, guerra na Ucrânia e alterações climáticas – o ministro destaca a “união entre as várias nações” para enfrentar os desafios. 

Sob o mote “Salvar o Oceano, proteger o Futuro”, a Conferência das Nações Unidas, coorganizada pelos governos de Portugal e do Quénia, surge na “senda” de um conjunto de momentos que ocorreram nos últimos sete anos: “São momentos que fizeram com que o oceano seja hoje mais comprometido na agenda internacional do que há uma década”.

Temas centrais do debate da Conferência dos Oceanos das Nações Unidas: 

  • Conclusão do tratado sobre conservação e uso sustentável da biodiversidade marinha;
  • Reforçar o objetivo global de classificar 30% do espaço marinho com área marinha protegida até 2030;
  • Combate à poluição do plástico construindo-se um Acordo Internacional juridicamente vinculativo até 2024;
  • Combate à pesca ilegal não reportada e não regulamentada que coloca em causa os recursos marinhos, a biodiversidade, a riqueza e a prosperidade de muitas regiões: África, Caraíbas e o Pacífico;
  • Questões climáticas associadas a fenómenos como acidificação, desoxigenação ou aumento da temperatura média.