Portugal investe 6,3 milhões de euros para impulsionar economia circular no setor do plástico

O projeto Better Plastics levou ao investimento de 6,3 milhões de euros para impulsionar a economia circular no setor do plástico, tendo sido desenvolvido mais de 10 produtos, 15 materiais e três tecnologias inovadores e sustentáveis.

Os resultados serão apresentados esta quarta-feira, 21 de junho, na Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa, sendo que a iniciativa é sustentada num ecossistema de inovação do setor dos plásticos, constituído por toda a sua cadeia de valor – desde a indústria química, aos produtores de matérias primas, às empresas de transformação, marcas próprias, retalhistas, empresas de reciclagem e entidades gestoras de resíduos.

A sessão contará ainda com uma mesa-redonda dedicada ao tema “Novos comportamentos na gestão dos recursos na era da digitalização e da inteligência artificial”.

Ao nível da Circularidade pelo Design de Material, foram desenvolvidas novas soluções para embalagens alimentares que incorporam reciclado e são recicláveis no seu fim de vida, assim como novos materiais biocompostáveis, alinhados com os ciclos de compostagem industrial, para sacos muito leves para embalar frutas e legumes, com possibilidade de serem reutilizados para o acondicionamento de biorresíduos domésticos.

Na vertente da Circularidade pelo Design de Produto, foram feitas embalagens de uso alimentar, para o setor das bebidas e dos produtos lácteos, com menores quantidades de material e com incorporação de material reciclado, com características de reutilização e elevada reciclabilidade. Foram também desenvolvidas embalagens para a indústria médico-farmacêutica e componentes para o setor rodoviário e automóvel, baseadas no eco-design e na incorporação de materiais reciclados e recicláveis no seu fim de vida.

Na área da Circularidade pela Reciclagem, fizeram-se novas tecnologias de pré-tratamento para a redução de contaminantes orgânicos, tintas e odores, permitindo aumentar a qualidade dos plásticos reciclados obtidos por via da reciclagem mecânica, assim como novas soluções de materiais provenientes da reciclagem mecânica e química.

No âmbito da Circularidade pelas matérias-primas alternativas, foram desenvolvidos novos materiais biodegradáveis, baseados na valorização de resíduos alimentares e da biomassa, assim como a produção de fibra de carbono verde a partir de um precursor natural.

“Através do desenvolvimento de novos materiais, produtos e tecnologias, estamos a impulsionar a transição do setor dos plásticos para uma economia circular. O setor está comprometido na procura de soluções inovadoras que permitam aproveitar ao máximo os benefícios do plástico, ao mesmo tempo em que minimizamos seu impacto ambiental”, afirma Amaro Reis, Presidente da APIP.