Aproxima-se mais uma edição da Portugal Smart Cities que, este ano, se realiza entre 8 e 10 de outubro, na FIL – Parque das Nações, em Lisboa. A Ambiente Magazine esteve à conversa com Elisabete Martins, gestora do evento, que nos fala sobre o que podemos esperar de mais uma iniciativa e quais as novidades que podemos esperar. Leia aqui a 2ª parte desta entrevista.
Quais os principais desafios na afirmação de uma feira em Portugal? Que oportunidades devem ser exploradas?
Manter a credibilidade do Evento e estabelecer parcerias estratégicas de modo a atrair cada vez mais participantes é o grande desafio. A mudança de hábitos dos consumidores leva-nos à necessidade de adaptação constante às novas tendências de consumo (formato híbrido das feiras, experiências imersivas, venda de bilhetes online etc…)
Em Portugal, a FIL tem a vantagem de ser o maior parque de feiras e estar localizado em Lisboa. A cidade é um forte atrativo para os participantes internacionais por vários motivos como a localização geográfica, as acessibilidades, o clima, segurança, as políticas favoráveis à inovação e à sustentabilidade e o aumento das empresas tecnológicas inovadoras no nosso país (nacionais e internacionais).
As empresas dedicam budgets específicos para as feiras nacionais? De que forma estas poderiam tirar maior partido destas montras de produtos/serviços?
É fundamental que as empresas preparem a sua participação nas feiras com atividades específicas, pois muitas vezes não é preciso aumentar significativamente o investimento financeiro para ter sucesso. As empresas que têm nos seus stands colaboradores informados sobre o serviço ou produto que apresentam, colaboradores motivados, prestáveis e proactivos, conseguem rentabilizar os contactos efetuados no Evento. Além disso, há espaços complementares disponíveis para expositores como a área de Pitch ou as salas para levarem a cabo ações de formação para os seus colaboradores ou apresentações para grupos de clientes convidados. Comunicar com antecedência a sua presença na feira e criar condições especiais para os clientes é uma das muitas estratégias para garantir uma maior rentabilidade da participação. Habitualmente a organização dos Eventos está aberta a divulgar as novidades dos Expositores nas redes sociais e comunicados de imprensa, o que deve também ser aproveitado pelos participantes.
Como é feito da vossa parte a atração de buyers internacionais para os certames? Quais os desafios que se colocam nesta vertente?
É importante identificar os mercados de interesse nos diversos setores, sondar o mercado nacional e os parceiros estratégicos para o efeito. Posteriormente os buyers são contactados no sentido de apresentar o Evento e os seus expositores e operacionalizar o necessário para a sua visita e agendamento de reuniões. O principal desafio é o Evento ser atrativo para os potenciais buyers, o que pressupõe que haja uma elevada massa critica de expositores com capacidade de exportação e parcerias internacionais.
Ao nível da promoção das feiras, qual a lógica seguida por vocês? Como têm tentado ir mais longe?
As feiras de nicho, como o PSCS, promovem-se no meio, em eventos congéneres, na imprensa especializada, através de ações de email marketing para um universo de empresas específico, nos sites e redes sociais dos Eventos. Muitas vezes recorremos a meios mais massivos para obter notoriedade sobretudo junto dos visitantes.