Portugal Smart Cities Summit: Viseu aposta na mobilidade inteligente

“A cidade de Viseu está disponível para funcionar como incubadora de novos projetos”: é desta forma que Almeida Henriques, presidente da Câmara Municipal de Viseu, encara a estratégia definida pelo seu executivo, no sentido de tornar Viseu numa smart city.

Em declarações à Ambiente Magazine, durante a Portugal Smart Cities Summit by Green Business Week, o líder do executivo municipal garante que na área das smart cities, a cidade tem funcionado com um “living lab [laboratório vivo]”. Neste âmbito, são vários os projectos destacados por Almeida Henriques, que nos últimos anos contaram com o apoio do município: “Dou como exemplo as soluções inovadoras para o tratamento de água da AIGA Concept, a TOMI World, que veio mudar a forma como os turistas interagem com as cidades, ou ainda a Libertrium que criou o software mais utilizado em  em Portugal para Orçamentos Participativos”.

Numa cidade localizada num território de baixa densidade populacional, Almeida Henriques considera importante a criação de um “ecossistema de inovação” que possa atrair e fixar empresas e pessoas na região. “Estas dinâmicas de inovação tornam as cidades mais competitivas. E permite às do interior ganhar competitividade e atratividade para pessoas e empresas. Em Viseu este caso é paradigmático, chegaram 24 novos investimentos, que no seu conjunto representam mais de 137 milhões de euros e significam a criação de 1700 novos postos de trabalho”, refere o responsável.

Viseu apresenta primeiro transporte público elétrico não tripulado
Durante a Portugal Smart Cities Summit, o município de Viseu apresentou ao público o primeiro transporte público elétrico não tripulado em Portugal, designado “Viriato”, que irá entrar em funcionamento a partir do próximo ano. Integrado no sistema de mobilidade de Viseu – o MUV – serão dois os novos veículos que irão chegar às ruas da cidade pelas mãos da empresa tecnológica Tula, substituindo o atual percurso do funicular.

Com capacidade para 24 passageiros, os veículos, completamente elétricos e, portanto, silenciosos, conseguirão estar a funcionar 24 horas por dia sem produzir poluição. “Esta aposta do município permitirá ainda uma poupança anual de 80 mil euros face à solução atual – o funicular – que apenas viaja durante o dia, com autonomia para 60 quilómetros”, refere a Câmara Municipal.