Portugueses descobrem sinais de solo gelado em África

No topo do Alto Atlas, a 4157 metros de altitude, em Marrocos, a equipa do investigador português Gonçalo Vieira descobriu os primeiros indícios da existência de permafrost, ou seja, de solo gelado. Esta é a primeira vez que se encontram sinais concretos nesse sentido e para o professor e investigador do Instituto de Geografia e Ordenamento do Território (IGOT), da Universidade de Lisboa, justamente um especialista em permafrost, é preciso agora aprofundar o estudo – e quanto mais depressa melhor, por causa das alterações climáticas, diz o Diário de Notícias.

Numa região desértica como aquela, os recursos hídricos e tudo o que se relaciona com eles são questões vitais, mas as potencialidades da descoberta não se ficam por aqui. A biodiversidade e áreas como a saúde também poderão ter muito a ganhar. “Pode ser importante para a biodiversidade e para a descoberta de novas espécies, nomeadamente de micro-organismos que só se desenvolvem em condições muito frias e áridas, e que até poderão ter aplicação na medicina, diz Gonçalo Vieira.