Portugueses querem mais economia circular e menos desperdício, confirma estudo

A maioria dos portugueses (87%) quer ver a economia circular mais ativa no país, considerando fundamental aumentar as práticas de consumo sustentável. Esta é uma das conclusões de uma análise da Fixando junto de 6.300 utilizadores da plataforma, entre os dias 16 e 23 de novembro, sobre Sustentabilidade e Consumo Responsável.

Em comunicado, a plataforma nacional para contratação de serviços locais revela que os “inquiridos gastam em média 142 euros por ano em bens usados” e as razões da procura são essencialmente: “o preço (83%), a sustentabilidade (37%), a economia circular (36%) e o contributo para a economia local/pequenos negócios (24%)”. Os inquiridos disseram ainda que o que mais procuram em segunda mão é o mobiliário (45%), vestuário (41%), equipamentos eletrónicos (24%), livros (24%) e electrodomésticos (19%). Quanto ao espaço de aquisição, a maioria fá-lo online (51%), mas também em lojas físicas (43%) e através das redes sociais (32%).

A análise da Fixando confirma assim um novo comportamento, em que as boas práticas visam evitar o desperdício, através do reutilização de artigos de terceiros e de familiares, em que “46% dos inquiridos afirma reaproveitar, restaurar ou recuperar regularmente peças de mobiliário e 39% peças de vestuário inutilizadas por si ou pelos seus familiares”, lê-se no comunicado da plataforma.

A Fixando sublinha, também, o facto de ter registado um “aumento de 15% na procura por profissionais de costura e alfaiates” entre 2018 e 2020.

De acordo com Alice Nunes, diretora de Novos Negócios da Fixando, “apesar da procura ter aumentado, o valor para contratação destes serviços sofreu uma quebra de cerca de 6%, já que em 2018, o valor médio gasto a estes profissionais rondava 75 euros, e neste momento situa-se nos 70 euros”