“Problema não está na sustentabilidade em si, mas na forma como tem sido compreendida no processo de criação de valor”
Esta foi uma das afirmações do CEO da The Navigator Company, António Redondo, na abertura de mais uma edição do Fórum da Sustentabilidade, que decorreu esta terça-feira, 4 de novembro, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.
No momento em que esta iniciativa assinala 10 anos e que a sustentabilidade está tão presente nas agendas políticas e das empresas, o CEO começou por realçar que “o desenvolvimento económico só será sustentável se for inclusivo e ambientalmente responsável”, pois “não há sustentabilidade sem rentabilidade, nem rentabilidade sem sustentabilidade”.

Evidenciando o caso particular da The Navigator Company, António Redondo comentou a “gestão ativa sustentável e simplificada” de cerca de 109 mil hectares de floresta em todo o país, onde cerca de 27% desta área é dedicada a pinheiro-bravo, sobreiro e outras espécies autóctones. “Destaca-se ainda que aproximadamente 35% do património florestal sob gestão da Navigator intercepta áreas classificadas como Rede Natura 2000, Rede Nacional de Áreas Protegidas e Reservas de Biosfera”.
Assim, “a nossa atividade gera produtos naturais, recicláveis e biodegradáveis, num ciclo produtivo que contribui para a fixação de carbono, para a proteção da biodiversidade, para a reformulação do solo, para a reutilização do ciclo da água e para a coesão territorial”, afirmou o responsável, acrescentando que a empresa investiu em 2024 241 milhões de euros, sendo que mais de metade em projetos sustentáveis com valor acrescentado.
“Quando analisamos a sustentabilidade de forma paradigmática, percebemos que ela é um motor de eficiência e competitividade, acelerado pela inovação. Ao promovermos a circularidade e melhorarmos processos, fortalecemos a resiliência do negócio” – por isso, continua-se este Fórum, que “tem-se afirmado como um laboratório coletivo, um espaço único onde empresas, universidades, reguladores, produtores e sociedade civil partilham experiências, cruzam perspectivas e constroem envolvimento”.
Nesta edição em particular, “o desafio que temos é tornar o business case da sustentabilidade evidente para todos, mostrando que a sustentabilidade e a competitividade não são termos paralelos, mas sim o mesmo estado”, concluiu António Redondo, também presidente do Fórum da Sustentabilidade.