Procura por bicicletas e trotinetes dispara 150% em março devido ao aumento dos preços dos combustíveis

A procura de meios alternativos de transportes, essencialmente bicicletas e trotinetes, disparou 150% durante o mês de março, segundo dados divulgados pelo marketplace KuantoKusta (KK).

De acordo com marketplace, a principal causa da corrida a este tipo de produtos assenta no aumento histórico dos preços dos combustíveis em Portugal. “Os portugueses procuram este tipo de produtos como alternativas de deslocação no seu dia-a-dia, e não apenas para lazer, neste momento, afirmam-se como uma solução pragmática para os fluxos de deslocação diários de muitos cidadãos, sobretudo nas grandes cidades”, explica Ricardo Pereira, diretor de marketing do KuantoKusta.

Apesar dos recentes aumentos de preços dos combustíveis terem feito disparar a procura por estes meios alternativos de transporte, esta é, de acordo com o KuantoKusta, uma tendência que já se tem vindo a verificar nos últimos anos, fruto da preocupação crescente com a sustentabilidade,

“Não é de agora o aumento da preocupação dos consumidores com o ambiente. Esta é uma questão fundamental para cada vez mais pessoas e que é praticamente transversal a todo o tipo de compras. É também por esse motivo que temos vindo a ampliar o nosso catálogo de produtos, não só tecnológicos, mas também artigos de moda, cosméticos e alimentação, de forma a disponibilizarmos mais e mais alternativas sustentáveis e que respondam, não só às necessidades dos consumidores, mas também às necessidades do planeta”, refere o responsável.

Segundo os mesmos dados, os consumidores entre os 25 e os 54 anos são os que mais compram, com gastos que rondam os 350 euros.

Esta vaga faz-se sentir, essencialmente, nos meios urbanos, com diversas cidades portuguesas determinadas a apostar em medidas para reduzir o excesso de carros nas estradas, nomeadamente, na construção de ciclovias e na disponibilização de sistemas de transportes partilhados.

“Não temos dúvidas que este tipo de mobilidade é uma tendência urbana positiva: promove o bem-estar e a sustentabilidade das nossas cidades e do planeta. Mas é fundamental que se criem condições para que estes meios de transporte também possam ser uma opção viável fora das grandes cidades”, remata Ricardo Pereira.