Procura por transportes coletivos urbanos está 21% abaixo do valor registado em 2019

Em 2022, a procura no Metropolitano de Lisboa, no Metro do Porto e na Transtejo/Soflusa, aumentou 60%. Num comunicado, o Ministério do Ambiente e da Ação Climática confirma tendência recuperação do número de passageiros registada ao longo do último ano.

Apesar do acréscimo registado, os dados provisórios demonstram que a procura por estes meios de transportes coletivos ainda está aquém da verificada em 2019, quando a operação das empresas ainda não tinha sido afetada pela pandemia de Covid-19. Assim, o número de passageiros verificado até dezembro de 2022 representa 79% da procura registada em 2019.

Ao longo do ano de 2022, assistiu-se a uma contínua recuperação da procura nas empresas de transporte público tuteladas pelo Ministério do Ambiente e da Ação Climática. Contudo, no global do ano esta ficou cerca de 21% abaixo do valor registado em 2019, antes da pandemia.

No quadriénio 2019-2022, através do Programa de Apoio à Redução Tarifária nos Transportes Públicos (PART), do Programa de Apoio à Densificação e Reforço da Oferta de Transporte Público (PROTransP) e de dotações extra para manter a oferta durante o período de pandemia, o Ministério do Ambiente e da Ação Climática mobilizou mais de 905 milhões de euros para os transportes públicos.

Na Lei do Orçamento de Estado de 2023 ficaram inscritos 138,6 milhões de euros para o PART. A estas verbas acrescem mais 50 milhões de euros, para assegurar a manutenção dos preços vigentes em 2022 dos passes de transportes públicos, e mais 60 milhões de euros, no caso de ser necessário assegurar os níveis de oferta nos sistemas de transportes públicos abrangidos pelo PART, ainda afetados pelos efeitos da perda de procura decorrente da pandemia. O PROTransP mantém a verba de 20 milhões de euros, reforçada em 2022.