Procura por transportes coletivos urbanos mais que duplica no primeiro trimestre do ano

No primeiro trimestre de 2022, registou-se uma recuperação do número de passageiros nas empresas de transportes coletivos tuteladas pelo Ministério do Ambiente e da Ação Climática. Em termos agregados e face ao período homólogo, no Metropolitano de Lisboa, no Metro do Porto e na Soflusa/Transtejo a procura mais do que duplicou (variação de 137%), segundo os dados divulgados pelo Governo.

Das três empresas, o Metropolitano de Lisboa foi aquela em que se assistiu a uma maior recuperação (146% face ao trimestre homólogo de 2021), refere o Ministério do Ambiente e da Ação Climática.

Apesar do acréscimo do número de passageiros, a procura por estes meios de transportes coletivos ainda está aquém da verificada no primeiro trimestre de 2019, quando a operação das empresas ainda não fora afetada pela pandemia. O número de passageiros verificado no primeiro trimestre de 2022 representa “72% da procura registada no primeiro trimestre de 2019” e “77% da procura do primeiro trimestre de 2020”, precisa o Governo, num comunicado.

Analisando a procura mensal, verifica-se uma “tendência para a recuperação do uso destes meios de transporte” entre janeiro e março deste ano.

No triénio 2019-2021, através do Programa de Apoio à Redução Tarifária nos Transportes Públicos (PART), do Programa de Apoio à Densificação e Reforço da Oferta de Transporte Público (PROTransP) e de dotações extra para manter a oferta durante o período de pandemia, o Ministério do Ambiente e da Ação Climática mobilizou 662 milhões de euros para os transportes públicos.

Este ano, na proposta de Lei do Orçamento de Estado, estão inscritos 138,6 milhões de euros para o PART, tal com em 2021, aos quais podem acrescer mais mais 100 milhões de euros para assegurar os níveis de oferta nos sistemas de transportes públicos abrangidos pelo mesmo programa, tendo em conta um cenário mais adverso dos efeitos da crise pandémica no sistema de mobilidade. Também o PROTransP será reforçado para 15,5 milhões de euros.