Programa Leite Vacas Felizes permite a “pastagem ao ar livre durante 365 dias por ano”

Com origem na ilha de São Miguel, nos Açores, o Programa Leite Vacas Felizes nasceu em 2015 e foi a BEL Portugal quem o desenvolveu. À Ambiente Magazine, Paula Amaral, marketing manager da Terra Nostra, explica que o programa nasceu da “incessante vontade de criar valor, de trazer algo de novo e de fazer o Bem”. O objetivo passa por ” ter um leite puro, delicioso e que vem da pastagem de vacas felizes que vivem ao ar livre e comem erva fresca 365 dias por ano”.

Para a responsável, os Açores, pela localização privilegiada, “é um dos únicos locais no mundo que permite a pastagem 365 dias por ano” e considera que este foi o motivo pela qual a BEL “decidiu investir na sua promoção e valorização através deste programa”.

O Programa Leite Vacas Felizes, segundo Paula Amaral, aposta na “pastagem como elemento diferenciador dos lacticínios da nossa terra, os Açores”, elevando a “diferenciação” e introduzindo as “melhores práticas de qualidade e sustentabilidade na produção leiteira”, além de que é um “programa de cooperação com todos os nossos produtores de leite, que são auditados e certificados por uma entidade externa (SGS)”, acrescenta.

A pastagem, o bem-estar animal, a qualidade e segurança alimentar, a produção sustentável e a eficiência são os cinco pilares do programa. No entanto, Paula Amaral adianta que estes pilares requerem o cumprimento de requisitos e de boas práticas agropecuárias e que os “produtores envolvidos têm de cumprir”, sublinha. “São estas boas práticas, com rigorosos critérios, que nos permite uma exploração leiteira eficiente e sustentável”.

Graças ao Programa Leite Vacas Felizes, a Terra Nostra reduziu a sua Pegada Ambiental. “Uma vez que as nossas vacas pastam livremente, a sua alimentação é feita à base de erva fresca e não de ração que, para ser produzida, é necessária emissão de CO2”, diz Paula Amaral. Para além disso, a responsável explica que, ao contrário da pastagem ao ar livre onde os dejetos são decompostos de forma “natural e menos poluente”, nos estábulos esses “são empilhados e promovem uma menor circulação de oxigénio”, o que faz com que “estes sejam transformados em metano que é 35 vezes mais poluente que o CO2”.

Para Paula Amaral, “a grande bandeira” do Programa é o “incentivo à utilização de práticas agrícolas mais sustentáveis (pastagem) na alimentação animal”, com características de qualidade, que irá traduzir-se em melhores produtos finais e com maior naturalidade “como é o caso do nosso Leite de Pastagem”. Neste sentido, a Terra Nostra, pretende “construir um futuro sustentável”, com “respeito pela nossa origem, não descurando o progresso das melhores práticas mundiais”.

Para além de “querermos marcar pela diferença, assegurar o futuro das gerações e ser uma referência de boas práticas no que toca à exploração e produção leiteira”, a marca Terra Nostra pretende “incentivar a implementação das melhores práticas de bem-estar animal com vista a ter uma cadeia de laticínios mais sustentável”. Neste sentido, “cabe a cada indústria e a cada um de nós encontrar a melhor solução, considerando as suas especificidades”, conclui.