Projeto Coastwatch Portugal entra em 2023 com ação de formação centrada no Estuário do Rio Tejo

No próximo dia 16 de janeiro, entre as 14h00 e as 17h00, a equipa Coastwatch Portugal do GEOTA, com o apoio da empresa Águas do Tejo Atlântico (AdTA) organiza uma ação de formação de curta duração (ACD) “À descoberta da ecologia do Estuário do Rio Tejo com o Coastwatch Portugal e o papel da Fábrica de Água de Beirolas”.

A ação de formação, de formato presencial, terá lugar no Centro de Educação Ambiental da Tejo Atlântico na Fábrica de Água de Beirolas e no estuário do Rio Tejo. Esta formação de curta duração, integrada na 33.ª Campanha Coastwatch 2022-2023, “Oceanos, que Futuro?”, é destinada para educadores e professores de todos os grupos disciplinares, através do Centro de Formação de Professores “Professor Orlando Ribeiro” (CFPOR) da Associação de Professores de Geografia.

De acordo com o GEOTA, esta ação pretende “aumentar a literacia sobre os oceanos, promover atividades de educação ambiental para a sustentabilidade e cidadania participativa, em contacto com a Natureza, reforçar os eixos temáticos da Estratégia Nacional de Educação Ambiental e estimular as abordagens de natureza interdisciplinar e multidisciplinar”.

Adicionalmente, esta ação tem também o objetivo de “aproximação às Fábricas de Água, neste caso a de Beirolas, que incorpora os desafios da economia circular na gestão do ciclo urbano da água”. Estes desafios “capacitam a evolução do tratamento das águas residuais numa ETAR para um novo paradigma, onde a valorização máxima dos recursos é a prioridade e onde a água é tratada como matéria-prima plena de recursos para usar, reutilizar, reciclar e valorizar”, refere o GEOTA.

Num comunicado, o GEOTA relembra que o oceano e as zonas costeiras são fundamentais não só para a economia, como também para a qualidade de vida e bem-estar dos portugueses: “Um oceano saudável é imprescindível para o desenvolvimento humano”. Atualmente, o oceano enfrenta graves problemas, tais como o aquecimento das águas, a acidificação, a sobre-exploração da pesca, a aquacultura não sustentável, a poluição por plásticos nos oceanos e muitos outros tipos de poluição que contribuem para a destruição de habitats e para a presença de zonas mortas com consequente redução no número de espécies.

Por isso, “só com cidadãos proativos e com conhecimento, se consegue intervir junto de quem gere as nossas zonas costeiras para que sejam tomadas decisões esclarecidas e proteger um bem natural único que é todos”, defende Carla Pacheco, porta-voz da Equipa Coastwatch do GEOTA.

O Coastwatch Portugal é um projeto europeu de educação ambiental para a sustentabilidade, voluntariado ambiental, ativismo e ciência cidadã que consiste na caracterização ambiental das zonas costeiras com recolha de lixo, através de caminhadas nas zonas costeiras (praias, estuários, lagoas, complexos lagunares), à escolha dos participantes, fora da época balnear, utilizando os questionários Coastwatch adaptados a diferentes faixas etárias ou a App GEOTA Questionário (disponível para Android).

Em Portugal, a coordenação do Coastwatch Portugal é realizada, há 33 anos, pela associação ambientalista GEOTA com o apoio voluntário de escolas, associações, escuteiros, ONG’s, municípios, organismos do Estado, entre outras entidades, algumas das quais são coordenadores regionais do Projeto Coastwatch Portugal e cidadãos de todo o país.

📸 Oceanário de Lisboa