Projeto RADIANT defende contributo de culturas subutilizadas para a sustentabilidade ambiental

Em vésperas do Dia Mundial do Ambiente, o projeto europeu RADIANT, liderado pela Universidade Católica Portuguesa (no Porto), reforça a importância da produção e consumo de culturas subutilizadas para a sustentabilidade ambiental.

Os investigadores pretendem sensibilizar a comunidade e entidades governamentais para os benefícios dos alimentos tradicionais, tendo em conta a sua valorização nutricional, bem como as preocupações com a atual sobrepopulação a nível mundial e eventual agravamento da escassez de alimentos.

As culturas subutilizadas são uma espécie negligenciada, mas valiosa, que tem uso limitado em cada contexto geográfico, social e económico. Estas culturas são uma grande promessa para diversificar os sistemas agrícolas, criar agroecossistemas resilientes, diversificar dietas e criar cadeias de valor dinâmicas economicamente viáveis para a alimentação e usos não alimentares. O projeto trabalha com três categorias de culturas subutilizadas, leguminosas, cereais e hortícolas.

O RADIANT adota a abordagem da Teoria da Mudança, através da exploração de variedades tradicionais que permitem a sustentabilidade ambiental, promovem a saúde humana, combinando a neutralidade climática e a resiliência do sistema agrícola, através da redução da emissão de gases e efeito de estufa.

Outras características destas culturas são a prosperidade de sistemas de cultivo em ambientes hostis e solos pobres, a maior resiliência ambiental e a qualidade das culturas do uso eficiente de água e de nutrientes essenciais e o crescimento local como uma forma culturalmente aceitável de realizar a diversidade nutricional.

O projeto conta com 20 explorações agrícolas piloto, as “explorações AURORA”, em toda a Europa, duas delas localizadas em Portugal.