Quercus alerta que vítimas de amianto são grupo de risco face ao coronavírus

As vítimas da exposição ao amianto constituem um grupo de risco face ao novo Coronavírus, devido à sua fragilidade imunitária e respiratória. É esta a razão que leva a Plataforma SOS AMIANTO (www.sosamianto.pt) da Quercus a disponibilizar recomendações que visam garantir apoio e orientações sobre o que fazer para prevenir e proteger estes pacientes do COVID-19.

As principais doenças provocadas pelo amianto são as doenças malignas, principalmente o mesotelioma pleural e o cancro do pulmão e da faringe. Além da diminuição da imunidade, também provocam problemas respiratórios graves. Outra doença provocada pelo amianto é a asbestose pulmonar que, apesar de benigna, provoca insuficiências respiratórias graves (DPOC).

Tem-se verificado que esta pandemia provocada pelo coronavírus afeta principalmente as pessoas com diminuição das suas defesas imunitárias, como é o caso dos doentes com cancro e os doentes com insuficiências respiratórias graves, causando pneumonias virais bilaterais graves, que têm constituído a principal causa de mortalidade dos doentes infetados por este vírus.

Por estas razões, os pacientes com doenças provocadas pelo amianto, sejam neoplasias ou insuficientes respiratórios crónicos têm uma vulnerabilidade acrescida à infeção pelo novo Coronavírus, pelo que é necessário um reforço da sua proteção.

A forma mais eficaz de proteger estes pacientes com doenças provocadas pelo amianto, muitos deles de idade avançada e integrados no grupo de maior risco de infeção com o COVID-19, é cumprir as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), nomeadamente o isolamento e afastamento social. Mas, caso estas medidas de isolamento não sejam suficientes e se verifique infeção pelo novo Coronavírus, a Quercus e a SOS AMIANTO alertam para a importância de atenção particular aos referidos pacientes, recomendando acompanhamento médico permanente em caso de infeção, às pessoas que estiveram expostas ao amianto no passado, por apresentarem um sistema imunológico mais frágil e problemas respiratórios crónicos.

Verificámos que os doentes crónicos, com patologias respiratórias provocadas pela exposição ao amianto, não estão referenciados pela Direção-Geral da Saúde, não sendo contactados no que respeita à proteção de um possível contágio com o COVID-19. É neste contexto que a SOS AMIANTO da Quercus manifesta a sua preocupação com esta situação de pandemia que tem atingido praticamente todos os países a nível mundial, sugerindo a adoção das seguintes medidas:

– Respeitar o isolamento social, permanecendo em casa e evitando ao máximo o contato com outras pessoas;

– Higienizar cuidadosamente a casa, arejar e fazer a manutenção do ar condicionado;

– Proteger-se do frio, com vestuário adequado e manter a habitação aquecida;

– Lavar frequentemente as mãos com desinfetante;

– Fazer uma alimentação equilibrada que inclua peixe, carne, legumes e fruta;

– Ingerir muitos líquidos, especialmente quentes, nomeadamente chá, para manter uma hidratação adequada;

– Continuar com a administração correta da medicação habitual. Se sentirem agravamento respiratório, contatar o médico assistente;

– Doentes vítimas de amianto sofrem frequentemente de outras doenças, como a diabetes, que devem estar compensadas. Se verificarem descompensação da diabetes devem contactar o médico assistente;

– No caso de não ter sido vacinado contra a pneumonia, consultar o médico assistente;

– Contactar de imediato a Linha SNS 24 para o 808 24 24 24, caso sinta alguns dos sintomas nomeadamente febre, tosse ou falta de ar.