Rock in Rio anuncia projeto de recuperação ambiental e concerto na Amazónia

Os organizadores do festival Rock in Rio vão plantar um milhão de árvores nativas na bacia do rio Xingu, na Amazónia brasileira. A iniciativa, anunciada ontem no Rio de Janeiro, faz parte de um projeto global chamado Amazónia Live, que tem como meta plantar pelo menos três milhões de árvores em áreas desmatadas até 2019.

A marca também anunciou um concerto com o tenor Plácido Domingo e a cantora brasileira Ivete Sangalo em agosto num palco flutuante montado na floresta amazónica.

Em declarações à agência Lusa, Roberto Medina, presidente do Rock in Rio, reforçou que a Amazónia é o “grande palco do mundo” e, por isso, a sociedade tem obrigação de cuidar da floresta. “O projeto não beneficia apenas o Brasil, mas todos os países do mundo. A Amazónia tem 20% da água doce do mundo e transpira 20 mil milhões de litros de água por dia. Ela interfere no meio ambiente do planeta como um todo”, destacou.

Além do milhão de árvores garantidas pelo festival, outros parceiros como o Banco Mundial já se comprometeram com a causa elevando este número para 2,1 milhões de árvores.

João Branco, presidente da Organização Não Governamental (ONG) Quercus, de Portugal, lembrou que o projeto corrobora com o acordo assinado por 190 países na COP21 (Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas), realizada no ano passado em Paris. “Nesta conferência, os participantes reconheceram que a reflorestação é fundamental no combate às alterações climáticas. Recuperar a mata é o único meio natural conhecido até hoje de retirar carbono da atmosfera”, explicou.

Segundo João Branco, é difícil atrair jovens para os movimentos ambientalistas, pelo que o projeto do Rock in Rio pode ser uma “alavanca muito importante para aproximar os jovens dos problemas ambientais em Portugal e no Brasil”.