Schneider Electric planeia investir 500 milhões em startups nos próximos cinco anos

A Schneider Electric conclui esta quinta-feira em Barcelona, o Innovation Summit, o encontro internacional de referência no qual partilho as “últimas tendências, desafios e oportunidades para potenciar e digitalizar a economia”, diz em comunicado, reforçando que o evento serviu ainda para “deixar claro o seu compromisso com as startups e outros projetos disruptivos”.

Durante o painel sobre “Innovation at the Edge”, Emannuel Lagarrigue, chief innovation officer da Schneider Electric referiu: “Incubamos empresas e fomentamos uma cultura de co-inovação; acreditamos que estes esforços de colaboração vão fortalecer o nosso negócio, para nos assegurarmos que continuamos na vanguarda tecnológica, agora e no futuro. Para além disso, queremos levar o setor para um modelo descarbonizado e digitalizado”. O plano inclui várias das apostas da multinacional francesa para inovar nas suas diferentes linhas de negócio: “A tecnologia é um meio, um facilitador, para um novo modelo de negócio, que é tão importante quanto a tecnologia, por si só,” assegurou Lagarrigue.

Com o objetivo de resolver novos problemas dos clientes, a empresa procura “ideias disruptivas e pessoas com talento para investir o seu capital, experiência e acesso à indústria”, lê-se no mesmo comunicado. Desta forma, o grupo planeia investir “500 milhões de euros em startups nos próximos cinco anos”, podendo assim participar no “nascimento de uma startup com contribuições entre os 500 mil e um milhão de euros”, ou em “rodadas de investimentos de Série A de entre três e cinco milhões de euros”.

Prioridade aos investimentos na Europa em 2020

A Schneider Electric vai priorizar os seus investimentos na Europa em 2020. Atualmente, a empresa colabora com a Submer, uma startup de Barcelona que desenvolveu um líquido de refrigeração para os equipamentos informáticos dos Data Centers; e também com a Enigmedia, de origem basca, especializada em cibersegurança, encriptação e proteção de redes de infraestruturas, indústria 4.0 e edifícios inteligentes. A empresa colabora com 85 startups em todo o mundo e está em contacto com cerca de 5.000 empreendedores.

Globalmente, a Schneider Electric fez mais de 100 investimentos em empresas inovadoras, como a Volta, que oferece carregamentos gratuitos a veículos elétricos, em troca de publicidade digital nas suas estações. Recentemente, o grupo também entrou no capital de empresas como a Autogrid, Synapticon e DST através do seu veículo de investimento, com o qual contribui para a sustentabilidade e eficiência energética.

A Schneider Electric trabalha com cinco incubadoras, com as quais ajudou a criar três empresas, e tem já outras em vista. A empresa dispõe também de uma joint venture (AlphaStruxure), com o grupo de capital privado Carlyle, focada na construção de infraestruturas inteligentes e na utilização de energia renovável através de micro-redes.

O encontro internacional Innovation Summit Barcelona, da Schneider Electric, analisou a forma como a transição energética e as novas tecnologias estão a mudar a gestão da energia; como a sustentabilidade está a afetar os investimentos e as estratégias de negócio; e aprofundou tendências como a IoT, a inteligência artificial, as casas conectadas, os serviços digitais e a cibersegurança.