“Se este é um tempo de combate à pandemia, é também o tempo de termos a recuperação em ação”

Num momento em que Portugal enfrenta a quarta vaga da pandemia da Covid-19, António Costa, primeiro-ministro, reitera pela necessidade de se continuar a travar a mesma: “Não pode haver qualquer distração quanto aos nossos comportamentos e ao dever que temos de nos proteger”. Mas, tão importante é “levantar a recuperação”, disse o chefe do Governo, lembrando que Portugal foi o primeiro país a “apresentar o PRR” (Plano de Recuperação e Resiliência) e o primeiro a ter “luz verde” da União Europeia para avançar.

António Costa que falou esta terça-feira, 6 de julho, na cerimónia de lançamento do concurso público internacional de conceção do sistema de Bus Rapid Transit (BRT) do Metro do Porto, reforçou a importância de Portugal ter a ambição de ser o “melhor” a executar o PRR: “Se este é um tempo de combate à pandemia, é também o tempo de termos a recuperação em ação”. E essa recuperação tem de ser feita com os olhos postos no futuro: “Fazemos parte de uma União que aprovou no decorrer da presidência portuguesa a primeira Lei do Clima e que assumiu a ambição coletiva de se alcançar a neutralidade carbónica até 2050”. A isto, sustenta o primeiro-ministro, acresce que Portugal foi o primeiro país no mundo a assumir o mesmo compromisso. Por isso, no casamento entre o PRR, a ambição da neutralidade carbónica e a urgência redução das emissões de CO2, António Costa destaca que foram selecionados no plano um conjunto de investimentos que visam a descarbonização da sociedade e da economia: “São mais de 6 mil milhões de euros  que iremos investir na descarbonização”.

O projeto da Linha BRT é mais um exemplo do esforço que tem sido feito: “Está inserido numa estratégia que assumimos de descarbonização e de contribuir para combater as alterações climáticas”, afinca. E se o objetivo é recuperar a economia e combater desemprego, António Costa alerta para se investir na mudança de paradigma: “Este é mais um dos investimentos que vai fazer essa mudança contribuindo não só para animar a economia, como também para termos um futuro mais descarbonizado e mais sustentável”.