#SemanaEuropeiadaMobilidade: Braga Ciclável é voz ativa da mobilidade verde na cidade

Está a decorrer a Semana Europeia da Mobilidade e são muitas as ações e iniciativas em marcha para assinalar a iniciativa europeia. Sob o mote #BetterConnections (Melhores ligações), pretende-se promover os modos de transportes ativos, inclusivos e verdes. Hoje, apresentamos o Braga Ciclável, um projeto que promove a utilização da bicicleta como modo de transporte.

O projeto surgiu em 2012, pela mão de Victor Domingos, associado-fundador da Braga Ciclável, na escrita de um blog e na captura de fotografias a “ciclistas urbanos” de Braga. Com o agrupamento de movimentos cicláveis que à data existiam em Braga, e com o aumento do número de pessoas a trabalharem voluntariamente em prol da utilização da bicicleta, formou-se oficialmente a associação em 2016: “Hoje é uma Associação sem fins lucrativos, de âmbito local, que promove a utilização da bicicleta como modo de transporte quer através de ações no terreno, como passeios, aulas de iniciação, debates, tertúlias e podcasts, quer através de análise aos projetos, às linhas de desejo, à procura, às dificuldades, quer através de artigos de opinião, fotos e vídeos que são publicados nos jornais locais e redes sociais”, começa por explicar Mário Meireles, presidente da Braga Ciclável.

Ao nível de projetos e ações, a Associação tem promovido um conjunto de iniciativas que vão desde passeios temáticos, cicloficinas, aulas de iniciação à bicicleta, até tertúlias, debates, artigos de opinião, análises a documentos ou bancos de doações de bicicletas: “Há vários outros projetos ainda em curso, mas que falaremos assim que estejam no terreno”, indica o responsável.

“Colocar a bicicleta e a mobilidade na discussão pública e na discussão política”

É no “exemplo” que a Braga Ciclável se diferencia: “Ao pedalarmos no dia-a-dia fazemos a diferença”. Depois, pela “voz” que a Associação acaba por ter: “Falamos sobre os problemas, sobre possíveis soluções, sobre o dia a dia da cidade em cima da bicicleta. Falamos disso nos jornais e nas redes sociais”. É ainda através de “eventos gratuitos, inovadores e diferenciadores”, que a Braga Ciclável procura distinguir-se, essencialmente, através de “aulas de bicicleta”, onde não só crianças mas também adultos aprendem a andar de bicicleta: “O Cycle Chic, por exemplo, onde as pessoas testam andar de bicicleta na cidade e depois de experimentarem até começam a utilizar”, refere o responsável.

Com a visão de tornar Braga uma cidade mais “amiga dos peões, da bicicleta e do transporte público”, Mário Meireles refere que o objetivo é conseguir “uma cidade que tenha um espaço público reorganizado”, permitindo às pessoas “escolherem o melhor modo de transporte para a sua deslocação”, e não que as obriguem a usar um ou outro transporte: “Não queremos uma cidade só com bicicletas, como não queremos a cidade que temos agora só com carros e onde somos obrigados a usá-lo”.

A necessidade desta Associação justifica-se, essencialmente, por “colocar a bicicleta e a mobilidade na discussão pública e na discussão política”, exigindo-se “cidades mais amiga de quem anda nos modos de transporte sustentáveis” ou expondo-se os “problemas e dar soluções alternativas”, obrigando a “reflexões” e à “implementação de medidas no sentido de uma mobilidade sustentável”, defende o presidente da Braga Ciclável, acrescentando que, em Braga, esta é ja uma realidade: “A Associação fez com que se começasse a falar de bicicleta e mobilidade na cidade, no discurso político, a ter atenção aos tipos de estacionamento, ao tipo de vias, a opções diferentes, a olhar para a bicicleta com outros olhos”. Além disso, Associações com a Braga Ciclável ajudam na “desmistificação de algumas ideias pré-concebidas erradas sobre a cidade, as suas deslocações e a sua cultura de mobilidade”, sucinta.

Uma cidade mais amiga das pessoas que andam a pé, de bicicleta e de transporte público

Questionado sobre os entreves que Braga enfrenta no que à mobilidade diz respeito, Mário Meireles considera que, a nível internacional, tem o desafio de “colocar a estação do TGV, o mais próximo do centro urbano”, dando como exemplo o lugar de