SMAS de Sintra instalam redes de retenção para evitar resíduos nas linhas de águas

Os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Sintra (SMAS de Sintra) estão a promover um projeto piloto com o objetivo de reter resíduos urbanos e impedir que os mesmos cheguem aos cursos de água, transportados pelos sistemas de drenagem pluvial.

Este piloto, inserido no projeto “O que Cai ao Chão, Cai ao Mar”, desenvolvido em parceria com a Câmara Municipal de Sintra, contempla a instalação de redes de retenção, com 30 cm de diâmetro e 1 m de comprimento, junto a duas linhas de água: uma nas Mercês (Freguesia de Algueirão-Mem Martins) e outra no Casal do Cotão (União das Freguesias de Cacém e São Marcos).

A primeira limpeza das redes de retenção, que ocorreu durante a época estival, traduziu-se na “recolha de algumas garrafas de plástico, invólucros de rebuçados e sacos”, enquanto numa segunda mais recente, após precipitação mais significativa, se notou uma “maior acumulação de diferentes tipos de resíduos”, referem os SMAS de Sintra.

A colocação das redes, compostas por um fio torcido de polietileno e uma malha com espaçamento de 15mm x 15mm, visa reter resíduos que, em particular aquando de situações de maior precipitação, acabam por ser conduzidos para as linhas de água, com consequente agravamento da qualidade da água e afetando a biodiversidade e com impactos ambientais para as populações. O objetivo dos SMAS de Sintra é “diminuir a contaminação dos cursos de água, destino final das redes de drenagem de águas pluviais, controlando, assim, a qualidade da água encaminhada para o meio recetor”.

Juntamente com o Município de Sintra, os SMAS de Sintra têm desenvolvido, nos últimos anos, o projeto “O que Cai ao Chão, Cai ao Mar” que compreende a pintura deste slogan nas sarjetas e sumidouros que têm como função a recolha e escoamento das águas pluviais, alertando para os resíduos que são lançados ao chão, como embalagens descartáveis, beatas de cigarro, copos de plástico, e que pela sua dimensão e leveza são direcionados para as sarjetas, e que podem acabar por confluir no mar.

Através de uma mensagem simples, o Município de Sintra alerta para as questões relativas à incorreta deposição dos resíduos e poluição da água, informando como os ecossistemas terrestres e aquáticos são diretamente afetados por estes fatores, que colocam em risco a sua biodiversidade.