Sotkon “sempre um passo à frente” no setor dos resíduos

Assume-se como líder ibérico no mercado da contentorização enterrada e semienterrada de grande capacidade para resíduos e não hesita na ambição de estar “sempre um passo à frente”. Isso mesmo nos diz Rui Salgado, Export Manager da Sotkon, empresa 100% portuguesa que há mais de 20 anos procura “perceber o que os clientes desejam e precisam para que, diariamente, consigam rentabilizar os seus negócios” e responder “com soluções inovadoras, fáceis de instalar, fáceis de utilizar e fáceis de manter, sem grandes complicações ou custos associados”.

E a prová-lo está o novo sistema enterrado, específico para resíduos orgânicos, cujas primeiras unidades estão já a ser instaladas em Portugal, nomeadamente em Lisboa, Vila Franca de Xira e Almada, mas que lá fora, na Croácia, está a funcionar já desde março de 2019.

Trata-se de um projeto que se iniciou em 2018, ano em que a empresa efetuou o primeiro teste-piloto com a autarquia de Barcelos, que permitiu obter dados e conhecimento para desenvolver uma solução específica para os bio resíduos. Deste teste, concluiu-se que cada pessoa produz, em média, 480gr, ou seja, aproximadamente 1170 pessoas (440 a 450 famílias) encgem um contentor diariamente. Rui Salgado explica que, com base nos dados obtidos, percebeu-se que “era fundamental ter um contentor ligeiramente mais pequeno, pois o peso específico do resíduo é bastante elevado e era importante que o contentor pudesse ser recolhido camiões de recolha já existentes”. Assim a Sotkon optou por um contentor monobloco com 1,2 m3, 100% estanque, o que evita líquidos dentro da cuba de betão e na área circundante ao contentor. O responsável adianta que outra vantagem deste sistema é o menor grau de decomposição dos resíduos por estarem enterrados e protegidos dos raios solares, o que se traduz numa diminuição do mau-cheiro desconfortável na zona envolvente.

Alguns conselhos da Sotkon…
A experiência da empresa permite partilhar alguns ensinamentos que poderão ser úteis. No que diz respeito ao contentor, para evitar o risco de sobre enchimento, a Sotkon aconselha a instalação de uma sonda parametrizada para “disparar” um aviso quando o contentor estiver a 80% da sua capacidade. “O custo anual de uma sonda ronda os 60€-80€. Em caso de sobre enchimento, poderá ser necessário deslocar uma equipa, camião de lavagem e aspiração, tempo, custos com água, detergentes, combustível, etc… Julgamos que balanceando estes constrangimentos é de avaliar a instalação de um sistema de nível de enchimento”, alerta Rui Salgado.

Por outro lado, a empresa considera “bastante útil” ter um sistema de controlo de acesso no sentido de perceber que não está a usar o contentor. Isto porque, no projeto-piloto, percebeu que cerca de 30% dos utilizadores nunca o utilizaram. “Com esta informação, as entidades podem tentar perceber o porquê e dirigir ações/ campanhas especialmente a essas pessoas no sentido de incentivá-los a usar o sistema”, afirma o responsável.

Por fim, a Sotkon sugere a lavagem mais frequente da envolvente, de preferência sempre que se faça a recolha, com a possibilidade de instalação de um sistema de lavagem, se possível com aspiração. Isto além de um sistema de rotação de lavagem do contentor em que esta é efetuada em estaleiro e os contentores são trocados regularmente.