Transportes coletivos urbanos superam em 2% valores anteriores à pandemia

A procura nos transportes coletivos urbanos continua a recuperar e já supera em 2% o período anterior à pandemia, segundo os dados divulgados pelo Ministério do Ambiente e da Ação Climática.

Face ao período homólogo de 2022, a procura no Metropolitano de Lisboa, no Metro do Porto e na Transtejo/Soflusa, aumentou 43%, sendo que os dados são provisórios e podem ainda ser revistos.

Apesar do acréscimo do número de passageiros, a procura no Metropolitano de Lisboa e na Transtejo/Soflusa ainda está, respetivamente, 3% e 2% abaixo da verificada em 2019, quando a operação das empresas ainda não tinha sido afetada pela pandemia. No caso da Metro do Porto, o número de passageiros verificado no primeiro trimestre de 2023 superou em 16% a procura registada em 2019.

No quadriénio 2019-2022, através do Programa de Apoio à Redução Tarifária nos Transportes Públicos (PART), do Programa de Apoio à Densificação e Reforço da Oferta de Transporte Público (PROTransP) e de dotações extra para manter a oferta durante o período de pandemia, o Ministério do Ambiente e da Ação Climática mobilizou mais de 905 milhões de euros para os transportes públicos.

Na Lei do Orçamento do Estado de 2023 ficaram inscritos 138,6 milhões de euros para o PART. A estas verbas acrescem mais 50 milhões de euros, para assegurar a manutenção dos preços vigentes em 2022 dos passes de transportes públicos, e mais 60 milhões de euros, no caso de ser necessário assegurar os níveis de oferta nos sistemas de transportes públicos abrangidos pelo PART, ainda afetados pelos efeitos da perda de procura decorrente da pandemia. O PROTransP mantém a verba de 20 milhões de euros, reforçada em 2022.