ZERO apoia diferenciação tarifária proposta pela EDIA e critica posição do Governo

Em comunicado à imprensa, a ZERO manifestou o seu apoio à posição recentemente tornada pública pelo presidente da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas de Alqueva (EDIA), José Pedro Salema, a favor da revisão da estrutura tarifária da água no perímetro de rega do Alqueva, no sentido de introduzir diferenciação por tipo de cultura, agravando os custos para culturas permanentes de elevada intensidade hídrica, como o olival e o amendoal superintensivos.

Mas o Governo está a afastar a hipótese de fazer a revisão do tarifário, algo que critica a associação, que acredita que põe em causa “a gestão sustentável do empreendimento para se posicionar ao lado dos interesses de curto prazo do agronegócio”.

Para esta ONGA, o atual regime de preços da água em Alqueva “continua a favorecer, injustificadamente, sistemas agrícolas que colocam enorme pressão sobre os recursos naturais da região, em particular sobre a água, o solo e a biodiversidade” – problema para o qual a EDIA tem chamado a atenção, visto que em 2023 já tinha pedido o equilíbrio das contas.

Acrescenta ainda a associação que “a reação negativa de parte dos grandes beneficiários do regadio coletivo de iniciativa estatal, beneficiários há anos com água subsidiada, é reveladora da dependência estrutural de um modelo económico insustentável, sem capacidade de adaptação às limitações ecológicas”.

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