ZERO defende que fim dos combustíveis fósseis tem de ser prioridade

A associação ZERO junta-se à Luta Global para Acabar com os Combustíveis Fósseis, que decorre entre 15 e 17 de setembro e cuja mensagem é a necessidade de acabar com a dependência da energia fóssil que está a poluir e a aquecer o planeta.

“A indústria dos combustíveis fósseis e os seus facilitadores, governos incluídos, são responsáveis pela crise climática”, acusa a organização ambientalista, “os governos têm de deixar de ser cúmplices destas empresas, e obrigá-las a pagar os custos dos seus danos e não permitir que se gaste um único cêntimo público em novos investimentos em combustíveis fósseis ou em projetos que aumentem o consumo de combustíveis fósseis”.

Para isto, fica sugerida a eliminação progressiva do carvão até 2030 e a aposta num setor energético totalmente baseado em energias renováveis até 2040.

União Europeia deve responsabilizar empresas pelos danos ambientais e climáticos

Outro ponto que a associação toca é na tomada de responsabilidade dos problemas causados devido ao uso de combustíveis fósseis e por pede que a União Europeia “responsabilize financeira e juridicamente pelas violações dos direitos humanos e pelos danos ambientais e climáticos que causam”, além de que as instituições de financiamento “devem deixar de financiar os combustíveis fósseis, em conformidade com o compromisso assumido pela UE de eliminar gradualmente os subsídios aos combustíveis fósseis até 2025”.

Entre outras medidas, a ZERO inova a renovação de edifícios energicamente ineficientes a um ritmo três vezes superior ao atual, uma transferência modal do transporte individual para o público e mudança na forma como se produz e consome, a par da atenção na escolha de matérias-primas.

Portugal tem de acelerar fim dos combustíveis fósseis

O nosso país tem o compromisso de eliminar progressivamente os combustíveis fósseis até 2030 e por isso deve “assegurar a contribuição da fiscalidade para a redução da utilização de combustíveis fósseis, através da correção de incentivos perversos”- daí ter de acelerar a Lei do Clima, onde ainda se compromete a substituir os combustíveis fósseis por fontes de energia mais amigos do ambiente, como gases renováveis e fornecimento elétrico.