ZERO e outras 425 organizações pedem à ONU para impedir domínio da indústria fóssil na COP28

A Associação ZERO juntou-se a 425 organizações para pedir às Nações Unidas (ONU) o impedimento de indústrias de combustíveis fósseis na COP28, depois de ter sido noticiado, no início de janeiro, que o Sudão Al Jaber, executivo de petróleo da Abu Dhabi National Oil Company (ADNOC), supervisionaria as negociações climáticas, no evento que decorre nos Emirados Árabes Unidos.

“A pressão aumenta para remover os poluidores e hoje, 27 de janeiro, as organizações, incluindo a ZERO, pedem um presidente da COP28 independente das indústrias de combustíveis fósseis e o fim da “influência indevida” que permita nomeações do género”, pode ler-se num comunicado, divulgado pela Associação.

Para estas Organizações, o que torna a nomeação de Al Jaber “particularmente insidiosa é que ele dirige uma empresa que está entre as 15 maiores empresas responsáveis pelas emissões de carbono”, sendo que “18 dos 20 patrocinadores da COP27 são parceiros diretos ou estão ligados à indústria de combustíveis fósseis. E na COP27, uma empresa de relações públicas com longos laços com o combustível fóssil e outras indústrias de natureza semelhante foi contratada para gerenciar as comunicações”.

As organizações estão a pedir à UNFCCC (Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima) que adote uma Estrutura de Responsabilidade que evite que os maiores poluidores do mundo conduzam a formulação de políticas climáticas globais.