ZERO pede maior rapidez na reclassificação de etiquetas energéticas de mais produtos

A coligação Coolproducts, um grupo de mais de vinte organizações não-governamentais de ambiente coliderado pela ECOS que se dedica à área da normalização ambiental e pela federação europeia das associações de ambiente (EEB), de que a ZERO e a Quercus fazem parte, elogiam as novas etiquetas energéticas que têm agora uma escala reclassificada.

Segundo o comunicado da ZERO, a par da reformulação das etiquetas energéticas, a União Europeia está também a “introduzir novas medidas de ecodesign para onze categorias de produtos”, evitando que “os modelos de pior desempenho sejam vendidos na Europa e obrigando os fabricantes a tornar os seus produtos mais facilmente reparáveis”. Prevê-se ainda que “as etiquetas energéticas revistas ​​e as novas medidas de design ecológico gerem, em conjunto e para o total da União Europeia, 167 TWh de reduções no consumo de energia por ano em 2030, tanto quanto três vezes o consumo de eletricidade anual atual em Portugal”.

De acordo com a ZERO, as novas etiquetas vão permitir “poupar milhões de euros” e “reduzir milhões de toneladas de emissões de dióxido de carbono”. A revisão das etiquetas energéticas gera economias de energia significativas: “Muito mais poderia ser alcançado se a Comissão Europeia intensificasse a sua ambição neste domínio”, atenta a associação, considerando que, “rapidamente, se deveria atualizar para a nova escala todos os produtos de elevado consumo de energia, como ar condicionado, aquecedores e aspiradores de pó”.

A ZERO constata que as novas etiquetas irão dar uma “informação fundamental aos consumidores, tornando mais fácil reconhecer os produtos que podem ajudar a reduzir as contas de energia”, ao mesmo tempo que “garantem que o mercado evolui de acordo com os objetivos climáticos de Portugal e da Europa”. Porém, a ZERO defende que “os produtos também devem ser classificados de acordo com a sua possibilidade de reparação e presença de componentes eletrónicos, que tendem a avariar, obrigando os equipamentos a serem substituídos e descartados com muita frequência”.