Mês de arranque do UER2P resulta na recolha de uma tonelada de resíduos perigosos

Depois do arranque oficial em Évora, Mourão e Reguengos de Monsaraz, Alandroal será o próximo concelho do distrito de Évora a receber, em 2022, a nova Unidade Especial de Recolha de Resíduos Perigosos (UER2P) da GESAMB – Gestão Ambiental de Resíduos.

Esta unidade itinerante vai passar por mais nove concelhos com o intuito de sensibilizar pela proximidade e dar um destino seguro e diferenciado ao fluxo de resíduos domésticos perigosos. Cerca de uma tonelada de lixo considerado tóxico foi recolhido no mês de arranque da itinerância, refere a GESAMB, numa nota.

Esta solução pioneira de deposição itinerante pelos 12 concelhos do distrito de Évora, abrangidos pelo serviço da GESAMB, vai continuar em 2022. “Pretende-se continuar a apostar na sensibilização pela proximidade com um equipamento totalmente equipado para receber esta tipologia de resíduos, com a permanência de um técnico da GESAMB com o intuito de prestar qualquer esclarecimento à população”, explica a empresa.

Gilda Matos, técnica superior da GESAMB, refere que “esta componente de proximidade, numa região caracterizada pela forte dispersão geográfica, tem dado frutos, gerado respostas positivas dos residentes e ações proativas, em particular das comunidades escolares e até da franja da população mais idosa. As pessoas já não têm de percorrer quilómetros para descartar este tipo de lixo!”.

No mês de arranque da itinerância da UER2P foi desviada do lixo comum, cerca de uma tonelada de objetos e resíduos do quotidiano, considerados de elevado potencial tóxico. Tal como explica Gilda Matos, “existem resíduos domésticos que não podem ser colocados nem nos ecopontos, nem no lixo normal: estamos a falar de restos de tintas, cosméticos, telemóveis, lâmpadas, aerossóis, pesticidas, pilhas, baterias que, na sua composição, possuem materiais tóxicos, inflamáveis, corrosivos e até contaminantes que, quando descartados no lixo comum, podem colocar em risco a saúde das populações e do ambiente, poluindo os recursos hídricos da região, assim como a fauna e flora locais”.

Até 1 de janeiro de 2025, as entidades gestoras dos sistemas municipais de gestão de resíduos urbanos estão obrigadas a implementar uma rede de recolha de resíduos perigosos domésticos.

“É urgente intervirmos já! E esta solução itinerante da GESAMB vem assim já preparar o terreno não só para democratizar esta prática de recolha seletiva de materiais domésticos perigosos, mas também intervém na prevenção e consciencialização das populações para a importância de reduzir o risco de contaminação que representa o lixo proveniente de alguns objetos e resíduos que usamos nas nossas habitações. Acima de tudo queremos aumentar a quantidade e a qualidade da reciclagem e assim potenciar o escalamento das várias tipologias de resíduos”, declara Gilda Matos.