A Agência para o Clima, sob a superintendência do Ministério do Ambiente e Energia, acaba de executar 49,4 milhões de euros em pagamentos para apoiar projetos de descarbonização, eficiência energética, mobilidade sustentável e valorização do território. Os apoios foram financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e pelo Fundo Ambiental.
No Programa de Apoio a Edifícios Mais Sustentáveis 2023 foram pagos mais de 4,2 milhões de euros para intervenções de eficiência energética em edifícios residenciais, ajudando famílias a reduzir consumos e melhorar o conforto térmico das habitações. Mais de 860 mil euros destinaram-se a modernizar sistemas e equipamentos em edifícios públicos e privados, promovendo a redução de emissões e custos energéticos.
Na sustentabilidade e eficiência no uso da água foram investidos 2,2 milhões de euros no programa que apoia projetos agrícolas que reduzem perdas e otimizam o consumo de água, contribuindo para uma gestão mais sustentável dos recursos hídricos.
A produção de hidrogénio e gases renováveis recebeu um financiamento de mais de um milhão de euros, para diversificar a matriz energética nacional e acelerar a transição para energias limpas, reforçando a competitividade do país neste novo setor.
Quase 512 mil euros destinaram-se aos Condomínios de Aldeia, para promover a gestão integrada dos espaços rurais, aumentando a resiliência das comunidades e reduzindo o risco de incêndio através da mobilização local.
Já o Programa Floresta Ativa viu serem pagos 56 mil euros em apoios destinados a reforçar a gestão e manutenção dos espaços florestais, com foco nas pequenas propriedades e na valorização do território rural.
Entretanto, o Fundo Ambiental assegurou 38,5 milhões de euros destes pagamentos realizados, o equivalente a 78% do total. Entre as principais medidas apoiadas destacam-se o VEN 2025, a Mobilidade Verde de Passageiros, que contribui para a descarbonização do transporte rodoviário e a renovação de frotas mais limpas; a construção da Ponte EuroVelo 1, sobre o Rio Mondego, na Figueira da Foz; o Mecanismo de Compensação para uma Transição Justa, que apoiou a reconversão social e económica do território afetado pelo encerramento da Central do Pego; a Cadeia de Produção da Carne de Caça, valorizada para reforçar a sustentabilidade ambiental e as economias locais, sobretudo nas regiões do interior; e a 7.ª Edição da Trienal de Arquitetura de Lisboa, evento cultural de relevância internacional, apoiada para promover a sustentabilidade na arquitetura e no urbanismo.
Além disso, destaque para os Projetos de Monitorização da Qualidade do Ar, que reforçam o acompanhamento ambiental e a proteção da saúde pública, para o combate às espécies invasoras em Seia, Ferreira do Zêzere, Vila de Rei e Monchique, e para o Programa Incentiva + TP, financiado para apoiar as tarifas dos transportes públicos coletivos, aliviando os custos das famílias e promovendo a mobilidade sustentável.
Estes investimentos da Agência para o Clima, segundo a Ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, “refletem o compromisso do Governo em acelerar a transição energética e climática, através do financiamento de projetos que melhoram o ambiente, o território e a qualidade de vida dos portugueses”.
“Estes apoios chegam às casas das pessoas, às cidades, às florestas, às empresas e às comunidades, com impacto direto na qualidade de vida e na sustentabilidade do território. Estamos a investir na eficiência energética das habitações, na modernização do transporte público, na valorização da água, na produção de energia limpa e na proteção da saúde pública. São ações concretas, com resultados visíveis, que mostram que a política ambiental é também uma política social, económica e de coesão territorial”, conclui Maria da Graça Carvalho que reforça que o Ministério do Ambiente e Energia “continuará empenhado em garantir que os fundos disponíveis são usados com eficácia, rapidez e visão estratégica”.









































