Por Vítor Hugo Gonçalves, CEO Sociedade da Água de Monchique
A água é, por definição, o recurso essencial à vida. Nenhum outro elemento desempenha um papel tão central na saúde, no bem-estar e no equilíbrio dos ecossistemas. No entanto, apesar desta evidência, a água potável continua a ser um privilégio e não um direito garantido para todos. De acordo com as Nações Unidas, cerca de 2,2 mil milhões de pessoas em todo o mundo ainda vivem sem acesso a água potável segura. As projeções para 2050 são alarmantes: mais de 600 milhões de pessoas enfrentarão escassez severa, agravada pelas alterações climáticas, pela poluição, pela má gestão dos recursos e por padrões de consumo pouco conscientes.
Falar de água, hoje, é muito mais do que falar de hidratação. É discutir justiça social, saúde pública, economia circular e, sobretudo, responsabilidade ambiental. Não basta garantir quantidade; importa também refletir sobre qualidade.
A água mineral natural surge frequentemente como símbolo de pureza e confiança. Extraída de aquíferos profundos, protegida de contaminações e enriquecida naturalmente por minerais, oferece uma alternativa segura e equilibrada. É reconhecida pela sua composição estável, que a torna uma opção valorizada em muitos contextos da vida quotidiana.
Ainda assim, qualquer escolha de consumo implica responsabilidade. O setor das águas minerais naturais tem vindo a assumir esse desafio através de inovação e compromisso ambiental. São cada vez mais visíveis os esforços em soluções de embalagem mais sustentáveis, em projetos que promovem a reutilização e em iniciativas de responsabilidade social que associam o consumo de água a causas coletivas. Estas transformações demonstram que a indústria não é alheia ao desafio climático, antes procura alinhar-se com as metas globais de sustentabilidade.
O futuro exigirá continuar este caminho, acelerando a transição para modelos que conciliem qualidade, conveniência e respeito pelo ambiente. Mais do que nunca, é essencial promover um consumo consciente, capaz de valorizar a água como recurso precioso e insubstituível. Isso significa reduzir desperdício, apoiar soluções inovadoras e repensar hábitos, reconhecendo que a forma como consumimos hoje terá impacto direto na disponibilidade de amanhã.
No Dia Nacional da Água, o apelo que se impõe é claro: não há saúde sem ambiente, nem bem-estar humano sem equilíbrio dos ecossistemas. A decisão sobre a água que bebemos deve ser informada, responsável e solidária com o planeta, com as comunidades que já sofrem com a escassez e, acima de tudo, com as gerações futuras que dependerão das escolhas que fizermos agora. Essa responsabilidade é partilhada: cabe à indústria inovar, ao consumidor optar de forma consciente e aos decisores públicos criar condições para que a gestão da água seja cada vez mais eficiente e justa.







































