A ZERO manifestou a sua oposição ao anúncio de o Estado português apoiar financeiramente o regresso da Fórmula 1 ao nosso país, em 2027 e 2028. “Num contexto de crise climática sem precedentes, seria incompreensível canalizar fundos públicos para promover um evento assente na queima intensiva de combustíveis fósseis e na promoção de comportamentos que contrariam frontalmente os compromissos nacionais e europeus de descarbonização”, começa por apontar a associação.
“Para além do impacto climático direto associado à prova e às deslocações internacionais que gera, a F1 transmite uma imagem culturalmente nociva, ao celebrar a velocidade, o consumo de combustíveis fósseis e um modelo de mobilidade ultrapassado”. “É inaceitável que o Governo esteja disponível para comprometer recursos públicos – que deveriam ser canalizados para apoiar a transição energética, a eficiência nos transportes, a mobilidade elétrica e o combate à pobreza energética – em prol de um espetáculo poluente que serve sobretudo interesses privados e comerciais”.
A ZERO defende que, se o Estado quiser apoiar eventos ligados ao desporto automóvel, estes devem ser no sentido da inovação e da sustentabilidade, como competições de veículos 100% elétricos abastecidos por eletricidade renovável, que possam efetivamente ser vitrinas de soluções alinhadas com a neutralidade climática.
“Num momento em que todos os setores são chamados a reduzir drasticamente as suas emissões, não faz sentido abrir exceções que corroem a credibilidade da ação climática”, conclui a ZERO.









































